Síria e Israel reúnem-se para discutir cessar-fogo

O Ministro dos Negócios Estrangeiros da Síria reuniu-se na terça-feira com uma delegação israelita, em Paris, para discutir um "cessar-fogo" entre os dois países, informou a Agência de Notícias síria (SANA).

Asaad al-Shaibani

© Ahmet Serdar Eser/Anadolu via Getty Images

Lusa
20/08/2025 06:26 ‧ há 5 horas por Lusa

Mundo

Conflito

No encontro entre a delegação israelita e o ministro dos Negócios Estrangeiros da Síria, Asaad al-Shaibani, as discussões centraram-se numa "série de questões relacionadas com o reforço da estabilidade na região e no sul da Síria", bem como num "cessar-fogo e não interferência nos assuntos internos sírios", segundo a SANA.

 

As delegações dos dois países discutiram também a "monitorização do cessar-fogo" na região predominantemente drusa (comunidade religiosa derivada do islamismo xiita) de Sweida, na Síria, onde a violência intercomunitária fez mais de 1.400 mortos e levou à intervenção israelita, de acordo com o Observatório Sírio para os Direitos Humanos.

As discussões abordaram também a questão do regresso ao acordo de retirada de 1974 entre os dois países, que criou uma zona tampão desmilitarizada no planalto dos montes Golã, na Síria, sendo que a área foi conquistada por Israel durante a Guerra dos Seis Dias, em 1967.

"Estas discussões estão a decorrer sob mediação norte-americana, como parte dos esforços diplomáticos que visam reforçar a segurança e a estabilidade na Síria e preservar a unidade e a integridade do seu território", acrescentou a SANA.

A Síria e Israel ainda estão em guerra, mas já ocorreram várias outras reuniões diplomáticas em julho com o objetivo de pôr fim ao conflito.

Os confrontos envolvem combatentes da minoria drusa, que Israel afirma querer proteger, contra tribos sunitas.

Em julho, Israel bombardeou o palácio presidencial e o quartel-general do exército sírio em Damasco para forçar a retirada das tropas governamentais, que estavam em Sweida.

Um cessar-fogo foi declarado pelas autoridades em 19 de julho, após uma declaração de Washington que afirma ter intermediado uma trégua entre Israel e a Síria para evitar uma escalada.

A frágil trégua mantém-se desde então, mas as tensões continuam elevadas na província de Sweida.

Desde a queda, em dezembro, do ex-presidente da Síria Bashar al-Assad e a ascensão do novo poder islâmico, Israel realizou centenas de ataques na Síria e incursões no sul do país.

Leia Também: Siria: Ativistas pedem investigação sobre violações dos direitos humanos

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