O autocarro incendiou-se após uma colisão que envolveu um camião de carga e uma moto na estrada de Herat, disse o porta-voz do governo local, Mohammad Yusuf Saeedi, à agência de notícias EFE.
"Adultos, mulheres, crianças, o motorista do autocarro, o motociclista e o motorista do camião estão entre as vítimas", afirmou.
O porta-voz acrescentou que três feridos estavam em "estado crítico".
O autocarro viajava do posto fronteiriço de Islam Qala para Cabul.
O balanço inicial divulgado pela polícia era de meia centena de mortos.
Trata-se de "um dos acidentes de trânsito mais mortíferos dos últimos anos no país", disseram as autoridades.
Os passageiros do autocarro faziam parte da onda de afegãos que estão a ser deportados ou forçados a abandonar os países vizinhos, principalmente o Irão e o Paquistão.
Muitos deles fazem parte das centenas de milhares de afegãos que fugiram do Afeganistão em agosto de 2021 por medo do regresso dos talibãs ao poder.
Enfrentam um regresso a um país mergulhado numa profunda crise, com mais de metade da população a necessitar de ajuda, de acordo com a ONU.
O acidente ocorreu apenas um dia depois de o ministro do Interior do Irão, Eskandar Momeni, ter anunciado que mais 800.000 afegãos terão de abandonar o país antes de março de 2026.
A administração local de Herat expressou as condolências às famílias das vítimas.
Afirmou também que "as equipas de resgate e o pessoal médico chegaram imediatamente ao local do acidente e transportaram os feridos para os hospitais de Herat".
Os acidentes de trânsito são comuns no Afeganistão, em grande parte devido ao mau estado das estradas depois de décadas de guerra, à condução perigosa nas autoestradas e à falta de regulamentação.
Em julho, outro acidente na mesma autoestrada causou 11 mortos.
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