O general Aziz Nassirzadeh afirmou que os mísseis utilizados na "Guerra dos Doze Dias", em junho, eram armas antigas.
Teerão fabricou, entretanto, novos mísseis com capacidades "muito superiores", salientou.
"Se o inimigo sionista (Governo de Israel) voltar a embarcar nesta aventura, sem dúvida que os utilizaremos", acrescentou o responsável , numa referência ao novo equipamento bélico.
Em junho, Israel, apoiado pelos Estados Unidos, realizou durante 12 dias uma série de ataques aéreos contra instalações militares nucleares do Irão, nos quais morreram militares e cientistas ligados ao programa nuclear iraniano.
Na retaliação, o Irão lançou mísseis e aparelhos aéreos não tripulados (drones) contra Israel, tendo também atacado uma base militar norte-americana no Qatar, antes da cessação das hostilidades mediada pelos Estados Unidos, no dia 24 de junho.
Desde o cessar-fogo que as autoridades e os comandantes militares do Irão têm afirmado que o país está pronto para um novo confronto.
A agência de notícias iraniana Tasnim anunciou que o Irão vai realizar exercícios militares na quinta-feira e na sexta-feira no norte do oceano Índico e no mar de Omã.
Mais de mil pessoas foram mortas no Irão durante o conflito de junho, de acordo com as autoridades iranianas.
Israel registou 28 mortes, vítimas da resposta militar iraniana.
Os países ocidentais e Israel disseram que o Irão desenvolveu armamento nuclear e criticaram o programa de mísseis balísticos do Irão, particularmente o desenvolvimento de mísseis capazes de transportar uma ogiva nuclear.
O Irão afirmou, a 28 de julho, que não tencionava discutir as capacidades de defesa do país com os governos ocidentais, depois de França ter defendido um "acordo abrangente" com Teerão sobre armamento e atividades relacionadas com a energia nuclear.
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