UE condena plano israelita de aumentar colonatos na Cisjordânia

A Comissão Europeia condenou hoje o plano israelita de aumentar os colonatos na Cisjordânia com a construção de mais 3.000 habitações, insistindo que qualquer alteração na geografia territorial precisa de um acordo das duas partes.

Anitta Hipper

© Dursun Aydemir/Anadolu Agency via Getty Images

Lusa
14/08/2025 18:18 ‧ há 1 hora por Lusa

Mundo

Médio Oriente

"A posição da União Europeia (UE) é de rejeição de qualquer alteração territorial que não seja parte de um acordo político entre as partes implicadas, pelo que a anexação de território é ilegal à luz do direito internacional", disse a porta-voz da Comissão Europeia para a diplomacia, Anitta Hipper, em conferência de imprensa, em Bruxelas.

 

A porta-voz acrescentou que, à falta de acordo político, os colonatos de Israel são "ilegais e têm de parar".

Hoje, o ministro das Finanças israelita, Bazalel Smotrich, anunciou a construção de mais de 3.000 casas nos arredores de Jerusalém, o que isolaria a parte oriental da cidade do resto da Cisjordânia -- ambos territórios ocupados por Israel desde 1967.

Smotrich, ministro de extrema-direita que integra o Governo de Benjamin Netanyahu e que detém amplas competências nos assuntos relacionados com os colonatos israelitas na Cisjordânia ocupada, celebrou hoje a aprovação deste plano, cuja ratificação está prevista para a próxima semana.

O plano israelita, segundo Smotrich, "'enterra' finalmente a ideia de um Estado palestiniano, porque não há nada a ser reconhecido e ninguém para ser reconhecido".

O projeto, defendeu o ministro israelita, "dá continuidade às numerosas ações sobre o território como parte do plano de soberania iniciado com a formação deste Governo".

O objetivo do atual Governo israelita, o mais à direita da história do país, é ocupar a maior porção possível do território palestiniano da Cisjordânia através dos colonatos que tem construído ao longo das últimas décadas.

Os colonatos israelitas na Cisjordânia, considerados um dos principais obstáculos a uma paz duradoura na região, são regularmente condenados pelas Nações Unidas, por serem ilegais à luz do Direito Internacional.

A Autoridade Palestiniana também criticou hoje o plano israelita sobre a construção de três mil casas entre Jerusalém e o colonato de Ma'ale Adumim, afirmando que representa a continuação da "guerra genocida" em Gaza e o agravamento da violência.

O Egito, Jordânia e Qatar consideraram, por sua vez, que os planos do Governo israelita "incentivam a violência" e condenaram os "planos expansionistas" de Israel.

Leia Também: Incêndios? UE a "trabalhar incansavelmente" para apoiar países afetados

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