Quebra do lucro líquido do BNU Macau atinge quase 25% no 1.º semestre

O lucro líquido do Banco Nacional Ultramarino (BNU) de Macau caiu 24,1% no primeiro semestre para 228,2 milhões de patacas (24,3 milhões de euros) face ao mesmo período de 2024, foi hoje divulgado.

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Lusa
13/08/2025 04:38 ‧ ontem por Lusa

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De acordo com um comunicado do banco, a quebra homóloga de 72,4 milhões de patacas (7,7 milhões de euros) do lucro líquido não auditado é explicada, fundamentalmente, por uma redução da margem financeira líquida nos primeiros seis meses de 2025 na ordem das 75,3 milhões de patacas (8 milhões de euros), equivalente a uma queda de 14,9%, em relação a igual período em 2024.

 

O BNU tinha já registado um decréscimo homólogo do lucro líquido no primeiro trimestre de 18,4%, para 133,2 milhões de patacas (14,2 milhões de euros).

O banco explica que esta queda se deve, "principalmente, a alterações na composição dos depósitos e à evolução do contexto das taxas de juro, bem como à diminuição da procura de crédito e à diminuição da margem dos investimentos não creditícios", segundo a nota.

A redução do lucro e da margem financeira foi "parcialmente compensada" por um aumento de 5,6% para as 2,4 milhões de patacas (260 mil euros) nas comissões líquidas.

As perdas por imparidade relacionadas com a exposição ao crédito e investimentos financeiros ascenderam a 14,7 milhões de patacas (1,57 milhões de euros), valor que compara com 16,3 milhões de patacas (1,74 milhões de euros) no primeiro semestre de 2024, refletindo uma abordagem mais prudencial do banco em matéria de provisionamento de risco.

"A qualidade dos ativos do BNU mantém-se sólida, suportada por práticas de crédito conservadoras e por um forte nível de provisões para enfrentar as incertezas macroeconómicas em curso", escreve o BNU.

A sucursal do BNU em Hengqin, junto à Região Administrativa Especial de Macau (RAEM), "continua a desempenhar um papel estratégico no atendimento a investidores de Macau e Hong Kong, incluindo particulares e empresas, à medida que a Grande Baía (GBA) e a Zona de Cooperação Aprofundada Guangdong-Macau em Hengqin aprofundam a integração", avança ainda o comunicado do banco, sem acrescentar dados de desempenho.

"Atuando como um 'hub' financeiro transfronteiriço, a sucursal apoia a colaboração económica entre a China Continental, Macau e os países de língua portuguesa através da oferta de soluções financeiras adaptadas e da promoção de um ecossistema empresarial diversificado na GBA", explica o texto do BNU.

A Grande Baía é um projeto de Pequim que tem como objetivo criar uma metrópole mundial a partir das regiões administrativas especiais chinesas de Macau e de Hong Kong e outras nove cidades da província vizinha de Guangdong, onde habitam mais de 80 milhões de habitantes.

Também lançada por Pequim, em 2021, a iniciativa da Zona de Cooperação Aprofundada entre Guangdong e Macau em Hengqin abarca uma área de cerca de 106 quilómetros quadrados.

Leia Também: Lucros da operadora de jogo Wynn Macau caem mais de 20% no 2.º trimestre

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