O crude do Mar do Norte, de referência na Europa, fechou a sessão no Intercontinental Exchange a cotar 0,46 dólares abaixo dos 66,89 dólares com que encerrou as transações na quarta-feira.
O Brent continuou em queda pela sexta sessão consecutiva e está cada vez mais perto da barreira dos 65 dólares por barril, depois de o Kremlin (presidência russa) ter anunciado hoje que o Presidente russo, Vladimir Putin, se vai reunir com o homólogo norte-americano, Donald Trump, nos próximos dias.
O mercado acompanha de perto este encontro, que seria a primeira cimeira entre os líderes dos dois países desde 2021, na esperança de que possa trazer um fim diplomático à guerra na Ucrânia e o levantamento das sanções à Rússia e às suas infraestruturas petrolíferas.
Apesar da cimeira, Trump pretende avançar com as tarifas secundárias que ameaçou impor à Índia e à China, os principais importadores de petróleo russo.
O presidente dos EUA assinou na quarta-feira um decreto que impõe uma tarifa adicional de 25% sobre os produtos da Índia para a compra de petróleo a Moscovo, enquanto as tarifas sobre a China continuam pendentes.
O sentimento pessimista já tinha pesado sobre os preços do petróleo Brent depois de a aliança Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP+), liderada pela Arábia Saudita e pela Rússia, ter decidido no fim de semana aumentar a sua oferta de crude a partir de setembro, levantando preocupações sobre um potencial excesso de oferta no meio da fraca procura.
De acordo com o que foi anunciado na sua reunião de domingo passado, o grupo vai aumentar a sua produção em 547 mil barris por dia (bpd) a partir de 01 de setembro, completando a devolução dos 2,2 milhões de barris por dia (mbd) retirados do mercado em 2023.
Leia Também: Cotação do Brent para entrega em setembro sobe 2,34%