Ex-reféns no protesto junto ao gabinete de Netanyahu pelo fim da guerra

Centenas de pessoas, incluindo vários reféns libertados de Gaza, protestaram hoje à noite em Jerusalém, em frente ao gabinete do primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, enquanto decorre uma importante reunião do gabinete de segurança, para pedir o fim da guerra.

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© Amir Levy/Getty Images

Lusa
07/08/2025 21:32 ‧ há 2 horas por Lusa

Mundo

Médio Oriente

Agitando bandeiras israelitas e retratos dos 49 reféns ainda detidos em Gaza pelo Hamas e pela sua aliada Jihad Islâmica, os manifestantes reuniram-se sob o lema "Vamos trazê-los de volta".

 

No interior do gabinete do primeiro-ministro, Netanyahu reuniu-se com o seu gabinete de segurança a algumas dezenas de metros do local do protesto para discutir a continuação das operações militares na Faixa de Gaza.

"A única forma de trazer os reféns para casa é acabar com a guerra e pôr fim ao sofrimento dos reféns e de todas as pessoas que vivem e suportam esta terrível guerra, incluindo os residentes de Gaza, os soldados, as suas famílias e todos os outros", defendeu a historiadora Sharon Kangasa-Cohen à agência France-Presse (AFP).

"Se retomarem Gaza ou decidirem entrar e realizar uma ocupação militar, as vidas dos reféns estarão em ainda maior perigo, e a sociedade israelita como um todo estará ameaçada", acrescentou Kangasa-Cohen.

Pépé Alalou, um octogenário reformado e antigo vice-presidente da Câmara de Jerusalém, disse que veio manifestar-se porque "não podia deixar de vir".

"Precisamos de salvar os reféns", vincou, acrescentando que, na sua opinião, "Israel perdeu a sua bússola moral".

De acordo com o Fórum das Famílias de Reféns, os manifestantes acorrentaram-se no local, apelando ao gabinete de Netanyahu para um acordo que permita libertar os reféns.

Das 251 pessoas raptadas a 07 de outubro de 2023 pelo Hamas e pelos seus aliados, 49 continuam reféns em Gaza, 27 das quais foram declaradas mortas pelo exército israelita.

O primeiro-ministro da Autoridade Palestiniana, que governa partes da Cisjordânia ocupada, Mohammad Mustafa, garantiu hoje que o enclave será reconstruído após o final da guerra com Israel e que será estabelecido um Estado.

O líder palestiniano explicou que Israel está a utilizar "todos os meios ao seu dispor" para impedir o estabelecimento de um Estado palestiniano independente.

O primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, afirmou hoje que Israel "não anexará a Faixa de Gaza" e que uma agência governamental, sobre a qual não forneceu mais detalhes, controlará temporariamente o enclave palestiniano.

No final, a Faixa de Gaza deverá ser entregue ao que designou como "forças árabes", indicou Netanyahu.

Benjamin Netanyahu reiterou numa entrevista que os principais objetivos da ofensiva na Faixa de Gaza continuam a ser "a destruição completa do Hamas e o regresso de todos os reféns".

Atualmente, Israel reivindica o controlo de cerca de três quartos do território.

O conflito na Faixa de Gaza foi desencadeado pelos ataques liderados pelo Hamas em 07 de outubro de 2023 no sul de Israel, onde perto de 1.200 pessoas morreram e cerca de 250 foram feitas reféns.

Em retaliação, Israel lançou uma vasta operação militar no território, que já provocou mais de 61 mil mortos, segundo as autoridades locais, a destruição de quase todas as infraestruturas do enclave e a deslocação de centenas de milhares de pessoas.

Leia Também: Médio Oriente: PM palestiniano pretende reconstruir Gaza e criar Estado

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