Em comunicado, o ministério indicou que os aparelhos, em número não especificado, foram entregues ao Exército na segunda-feira. O ministro da Defesa, Wellington Koo, recebeu esta terça-feira, em Taipé, o fundador da fabricante Anduril, Palmer Luckey.
Segundo Koo, os sistemas fornecidos proporcionam às Forças Armadas uma "capacidade de combate imediata" essencial para reforçar a defesa em profundidade e a capacidade ofensiva terrestre.
"Com os rápidos avanços tecnológicos, a utilização de 'drones' no campo de batalha moderno tornou-se cada vez mais diversificada: além de servirem para reconhecimento e comunicações, são hoje uma capacidade essencial em operações assimétricas", afirmou o governante, citado no comunicado.
Face à "grave ameaça" representada pela China, o ministério continua a planear e adquirir 'drones' de reconhecimento e ataque, para responder às exigências das operações defensivas, acrescentou.
Koo destacou ainda que a integração dos 'drones' Altius-600M demonstra a determinação das Forças Armadas em adaptar-se às mudanças no campo de batalha e acelerar a introdução de tecnologias inovadoras. Sublinhou também a importância da cooperação entre Taiwan e os Estados Unidos no uso de tecnologias emergentes para enfrentar a ameaça chinesa e garantir a paz e estabilidade regionais.
Em junho de 2023, o Departamento de Estado norte-americano aprovou a venda a Taiwan de 291 'drones' Altius-600M, 720 mísseis Switchblade 300 e equipamento relacionado, num pacote avaliado em cerca de 360,2 milhões de dólares (310 milhões de euros).
Os Estados Unidos já forneceram os mesmos modelos de 'drones' à Ucrânia, no contexto da invasão russa, e a formação de uma frota alargada de veículos aéreos não tripulados tornou-se uma prioridade estratégica para Taiwan, que vê na experiência ucraniana um exemplo claro de como a tecnologia pode ajudar a responder a uma eventual agressão por parte de Pequim.
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