"Hoje, mais do que nunca, é essencial preservar o espírito de Helsínquia, perseverar no diálogo, fortalecer a cooperação e exercer a diplomacia. Esta é a melhor maneira de prevenir e resolver conflitos", afirmou, no final da audiência geral realizada hoje na Praça de São Pedro, no Vaticano.
O pontífice lembrou que na próxima sexta-feira será comemorado o 50.º aniversário dos Acordos de Helsínquia, "nos quais, animados pelo desejo de garantir a segurança no contexto da Guerra Fria, 35 países inauguraram uma nova era geopolítica, impulsionando a aproximação entre o Oriente e o Ocidente".
"Esse acontecimento também renovou o interesse pelos direitos humanos, com especial atenção à liberdade religiosa, considerada uma das pedras angulares da sua arquitetura de cooperação nascente", acrescentou o Papa
Leão XIV recordou a participação ativa da Santa Sé na Conferência de Helsínquia, representada pelo arcebispo Agostino Casaroli, que "contribuiu para promover o compromisso político e moral com a paz".
Em 01 de agosto de 1975, representantes de 35 nações (33 da Europa, os Estados Unidos e o Canadá, reunidos em Helsínquia, Finlândia, assinaram a Ata Final da Conferência de Segurança e Cooperação na Europa, documento na base da criação da Organização para a Segurança e Cooperação na Europa (OSCE, em 1994).
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