A suspensão do movimento de efetivos militares foi anunciada pelas autoridades tailandesas referindo-se às zonas perto da fronteira entre a Tailândia e o Camboja.
O porta-voz do Exército tailandês, Winthai Suvaree, explicou que os comandantes regionais dos dois países realizaram hoje três reuniões, que terminaram com o acordo que determinou a paragem do movimento de tropas.
Devido aos combates dos últimos dias, cerca de 300 mil civis foram obrigados a abandonar os respetivos locais de residência.
Além da paralisação das tropas, as partes concordaram estabelecer comunicações diretas entre os chefes militares assim como se vai facilitar o regresso dos feridos e a entrega de restos mortais.
De acordo com fontes militares e governamentais da Tailândia, 15 civis e 14 militares perderam a vida na última semana devido ao agravamento do conflito.
Segundo a mesma fonte, 126 militares e 53 civis ficaram feridos, alguns com gravidade.
O Ministério da Defesa do Camboja não atualizou o balanço comunicado no passado fim de semana.
Os militares do Camboja disse na altura que cinco militares morreram e 21 ficaram feridos tendo-se registado oito mortes entre a população civil.
As reuniões de hoje fazem parte do acordo de cessar-fogo alcançado na segunda-feira entre Banguecoque e Phnom Pen, com a mediação da Malásia.
O cessar-fogo foi anunciado pelo primeiro-ministro da Malásia, Anwar Ibrahim, na qualidade de presidente da Associação das Nações do Sudeste Asiático (ASEAN).
Os combates começaram na quinta-feira passada, após várias semanas de tensões em vários pontos dos 820 quilómetros da fronteira comum entre os dois países.
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