Tailândia lança ataques aéreos contra dois alvos militares no Cambodja

A Tailândia lançou hoje ataques aéreos contra dois alvos militares no Camboja, anunciou o exército tailandês, após confrontos entre as forças armadas dos dois países, que já fizeram pelo menos um morto.

Fronteira Tailândia Cambodja

© CHANAKARN LAOSARAKHAM/AFP via Getty Images

Lusa
24/07/2025 07:09 ‧ há 2 dias por Lusa

Mundo

Tailândia

"Os F-16 lançaram ataques! Postos militares cambojanos das 8.ª e 9.ª divisões [comandos das forças especiais] foram destruídos", afirmou a divisão Segunda Região do exército tailandês, destacada no nordeste, numa publicação na rede social Facebook.

 

O Ministério da Defesa cambojano condenou a "agressão militar brutal" da Tailândia e acrescentou que Phnom Penh "não tem outra escolha senão usar o direito soberano e territorial para se defender da invasão do exército tailandês".

Entretanto, a Embaixada da Tailândia no Camboja solicitou aos cidadãos tailandeses que abandonem o país após os confrontos entre os exércitos das duas nações, que começaram hoje, e dada a possibilidade de os ataques "continuarem e expandirem-se".

O exército tailandês afirmou que as forças de Phnom Penh abriram fogo numa zona fronteiriça da província de Surin e que seis soldados cambojanos estavam à porta de uma base de operações tailandesa "totalmente armados, incluindo [com] lança-mísseis".

O gabinete do primeiro-ministro tailandês anunciou a morte de um civil tailandês neste ataque, no nordeste do país.

"Um projétil de artilharia cambojana atingiu a casa de um civil tailandês, matando uma pessoa, ferindo gravemente uma criança de cinco anos e ferindo outras duas", disse a mesma fonte em comunicado.

No meio do ressurgimento da histórica disputa territorial entre Banguecoque e Phnom Penh, o primeiro-ministro interino tailandês, Phumtham Wechayachai, confirmou à imprensa que foram disparados tiros numa área reivindicada por ambos e que os detalhes do incidente estão a ser investigados.

O Camboja e a Tailândia estão em conflito há muito tempo sobre o traçado da fronteira de mais de 800 quilómetros, definida em grande parte por acordos celebrados durante a ocupação francesa da chamada Indochina, entre final do século XIX e meados do século XX.

Em 2011, confrontos em torno do templo Preah Vihear, classificado como património mundial pela Organização da ONU para a Educação, a Ciência e a Cultura (UNESCO) e reivindicado por ambos os países, causaram pelo menos 28 mortos e dezenas de milhares de deslocados.

Embora em 2013, o Tribunal Internacional de Justiça (TIJ), principal órgão jurisdicional da ONU, tenha atribuído ao Camboja a zona contestada abaixo do templo, o traçado de outras zonas continua a opor Banguecoque e Phnom Penh.

Leia Também: Tailândia e Camboja em confronto em zona fronteiriça disputada

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