A cimeira vai ser encabeçada pelos presidentes do Conselho Europeu, António Costa, e da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, e o Presidente da China, Xi Jinping. Está previsto um encontro entre Costa e von der Leyen com Xi Jinping, mas na conferência de imprensa final o chefe de Estado chinês não deverá marcar presença, disse à Lusa fonte europeia.
A cimeira realiza-se em Pequim, por ocasião do 50.º aniversário das relações bilaterais entre o bloco político-económico europeu e a China, mas está voltada para a atualidade geopolítica internacional, nomeadamente a invasão russa da Ucrânia.
Pequim insiste publicamente no respeito pela ordem internacional, mas não faz parte dos esforços para coartar as ações militares de Moscovo. O país foi acusado em várias ocasiões de ser facilitador da guerra na Ucrânia e de ajudar a Rússia a contornar as sanções aplicadas, nomeadamente pela UE, mas negou todas as acusações.
A reunião também vai ser uma oportunidade para discutir as relações económicas entre os dois lados.
Citado num comunicado, o presidente do Conselho Europeu disse que o objetivo é procurar uma "relação justa e equilibrada" e chegar a "progressos concretos".
Em outubro de 2024, a UE impôs encargos aduaneiros acrescidos aos automóveis elétricos chineses, acusando Pequim de estar a financiar as principais empresas que operam nos 27 países do bloco comunitário, ajudando a diminuir os seus preços e prejudicando a concorrência.
Em abril deste ano, Bruxelas e a China discutiram a possibilidade de substituir as tarifas impostas por preços mínimos.
A UE também quer expandir os acordos comerciais vigentes, face à incerteza sobre o futuro das relações comerciais com os Estados Unidos da América, e abordar a geopolítica internacional, uma vez que a China é um dos principais intervenientes no palco global.
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