"Tivemos uma conversa séria, franca e detalhada com representantes dos países do E3/UE, na qual discutimos os últimos desenvolvimentos relacionados com o levantamento das sanções e a questão nuclear", afirmou o vice-ministro dos Negócios Estrangeiros iraniano, Kazem Gharibabadi, um dos representantes da delegação iraniana.
"Concordámos em realizar novas consultas sobre esta questão", acrescentou Gharibabadi na rede social X.
O encontro foi o primeiro desde o conflito armado entre Israel e o Irão, que decorreu no mês passado, e aconteceu após os três países europeus [conhecidos como E3] terem ameaçado reativar as sanções contra a República Islâmica.
Durante a reunião, o Irão lamentou aos representantes europeus a ausência de condenação por parte dos três países a Israel e aos Estados Unidos pelos ataques às instalações nucleares e a centros populacionais iranianos, explicando as "posições de princípio" do país sobre a situação do acordo nuclear, atualmente paralisado, entre Teerão e a comunidade internacional.
Nos últimos dias, as duas partes estiveram em conflito devido ao chamado mecanismo "snapback", uma medida que permite teoricamente aos europeus reativarem as sanções contra Teerão, segundo o acordo nuclear de 2015.
Este é o mesmo tratado que as autoridades iranianas consideram invalidado após a retirada dos Estados Unidos do pacto em 2018, durante a primeira Administração de Donald Trump, e pela alegada falta de cooperação demonstrada pelo E3.
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