Hamas condena receção de ministro israelita em reunião da UE

O movimento islamita palestiniano Hamas condenou hoje a participação do ministro dos Negócios Estrangeiros israelita, Gideon Saar, na reunião do Conselho de Relações Exteriores da União Europeia (UE), em Bruxelas.

hamas, troca de reféns

© REUTERS/Hatem Khaled

Lusa
15/07/2025 14:07 ‧ há 6 horas por Lusa

Mundo

Médio Oriente

 "A participação de um representante do Governo de ocupação fascista num fórum diplomático de tão alto nível, num momento de contínua agressão contra a população civil palestiniana em Gaza, na Cisjordânia e em Jerusalém ocupada, realça uma profunda discrepância entre os princípios que a União Europeia defende e promove e as realidades que tolera no terreno", argumentou Basem Naim, membro do gabinete político do movimento islamita Hamas.

 

Naim acrescentou que esta presença do chefe da diplomacia israelita "mina a credibilidade da União Europeia aos olhos da comunidade internacional" e instou a comunidade de 27 países a reavaliar as suas políticas em relação a Israel e a cumprir "as suas obrigações legais e morais ao abrigo do direito internacional humanitário".

"Esta participação dá ao Governo de ocupação extremista [israelita] --- profundamente implicado em crimes de guerra e limpeza étnica contra o povo palestiniano --- a oportunidade de fugir às suas responsabilidades", alegou Naim.

O dirigente do Hamas apelou ainda a medidas concretas, entre as quais a imposição de sanções contra Israel e, sobretudo, o cancelamento do Acordo de Associação da UE com Israel, que, na sua opinião, "concede à entidade de ocupação sionista privilégios incompatíveis com os valores e princípios que a União afirma defender".

A partir de Bruxelas, e na sua conta da rede social X, Saar agradeceu à alta representante da UE para os Negócios Estrangeiros, Kaja Kallas, por acolher a reunião ministerial da UE com os países vizinhos do sul e disse que falou com ela sobre o Irão e a importância de "continuar e reforçar" a cooperação entre Israel e a UE.

Por sua vez, o ministro dos Negócios Estrangeiros espanhol, José Manuel Albares, voltou a pedir hoje à UE que suspendesse o acordo de associação --- uma medida não apoiada pela Áustria ou pela Alemanha, entre outros países --- e levantasse o embargo à venda de armas a Israel.

O Hamas foi responsável pelo maior ataque de sempre em solo israelita, que fez mais de 1.200 mortos e em que mais de duas centenas de pessoas foram raptadas, em 07 de outubro de 2023, desencadeano uma guerra em que Israel matou mais de 57 mil pessoas na Faixa de Gaza, segundo os islamitas.

Leia Também: Israel diz ter matado oito combatentes do Hamas e um da Jihad Islâmica

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