"Houve 25 voos cancelados à partida e 19 cancelados à chegada", afirmou Carlos Araújo, dirigente do Sindicato das Indústrias Metalúrgicas e Afins (SIMA), cerca das 20h30.
Segundo Carlos Araújo, a greve originou mais perturbações no funcionamento do aeroporto da capital, o que coincidiu com outros problemas relacionados com a aterragem de emergência de um avião da SATA Azores Airlines.
O sindicalista lamentou o incidente, registado ao fim da manhã, uma aterragem de emergência por ameaça de bomba a bordo que se revelou ser "falso alarme", de acordo com a empresa açoriana.
Carlos Araújo referiu ainda mais de "20 a 30 voos" para diversos destinos cujas bagagens não foram carregadas devido à greve.
"Amanhã, domingo, o efeito 'bola de neve' vai manter-se e na segunda-feira será a degradação total do serviço. Fomos obrigados a esta situação, face a um muro de intransigência da atual gestão [da empresa SPdH/Menzies]", previu o dirigente sindical.
Convocada pelo SIMA e pelo Sindicato dos Transportes (ST), a greve começou às 00h00 de sexta-feira e prolonga-se até às 24h00 de segunda-feira.
A ANA--Aeroportos de Portugal disse à Lusa que, até cerca das 12h30, a greve de hoje dos trabalhadores da SPdH/Menzies tinha provocado "alguns atrasos" e o cancelamento de 20 voos no aeroporto de Lisboa.
"Devido à greve na Menzies ('handling'), até ao momento, ocorreram alguns atrasos e 20 voos cancelados (10 chegadas e 10 partidas) no aeroporto Humberto Delgado", referiu na altura a fonte da gestora aeroportuária.
A ANA aconselhou os passageiros com voos operados pela Menzies, empresa responsável pelos serviços de assistência em escala, a contactar previamente a respetiva companhia aérea para confirmar o estado do voo antes de se dirigirem ao aeroporto.
Por sua vez, num comunicado divulgado às 13h15, a Menzies Aviation indicou que até então "a greve provocou apenas perturbações mínimas em Lisboa, sem impacto nas restantes escalas".
Reiterando o "compromisso com a legalidade, condições de trabalho justas e um diálogo aberto e respeitador", a Menzies garantiu, contudo, que não vai retomar "qualquer tipo de diálogo enquanto a greve se mantiver".
Trata-se da primeira de cinco greves de quatro dias marcadas para os fins de semana até ao início de setembro.
Em agosto, os períodos de greve estão agendados para 8 a 11, 15 a 18, 22 a 25 e 29 de agosto a 01 de setembro.
Entre as reivindicações dos trabalhadores estão o fim de salários base abaixo do salário mínimo nacional, o pagamento das horas noturnas, melhores condições salariais e a manutenção do acesso ao parque de estacionamento nos mesmos moldes anteriores.
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