Ruben Amorim protagonizou, este domingo, um momento de tensão, na conferência de imprensa que se seguiu à derrota sofrida pelo Manchester United perante o Arsenal, em pleno Old Trafford, por 0-1, naquele que era o encontro mais aguardado de todo o calendário da jornada inaugural da Premier League.
O treinador português defendeu Altay Bayindir com 'unhas e dentes', alegando que foi travado em falta, no decisivo golo de Riccardo Calafiori, logo aos 13 minutos, acabando mesmo por 'pegar-se' com os jornalistas: "Podem ver o golo. É permitido fazer muitas coisas, nos cantos, e nós temos de fazer o mesmo, mas quando se toca daquela maneira no guarda-redes...".
"Ele tem de usar as mãos para apanhar a bola, não para empurrar jogadores. Ou então, opta por empurrar jogadores e deixa a bola passar. Mas são as regras. Se isto é permitido, temos de fazer a mesma coisa", começou por afirmar.
"Ou escolhe empurrar um jogador, ou agarrar a bola, naquele momento. Escolheu agarrar a bola, mas estava a ser empurrado, por isso, não pôde defender-se. É essa a minha sensação, quando vejo a jogada, mas temos de fazer a mesma coisa", acrescentou.
"Com VAR, é falta"
O técnico dos red devils foi, de seguida, questionado sobre se lhe passou pela cabeça apostar em Tom Heaton, ao invés de no internacional turco, ao que respondeu: "Porquê? Onde é que ele sofreu um golo assim?". Quando foi recordado da exibição do próprio na derrota perante o Tottenham (derrota, por 4-3, que levou à eliminação dos quartos de final da Taça da Liga), não conseguiu esconder a frustração.
"Isso foi sem VAR. Com VAR, é falta. E, depois, o que aconteceu no jogo seguinte? O que é que aconteceu no jogo seguinte? Contra o Arsenal, quem é que defendeu o penálti? Quem é que defendeu durante todo o jogo? Vocês não se lembram do jogo, mas eu lembro-me. O Altay foi inacreditável, nesse jogo. Tenho tudo em consideração, quando opto por um ou por outro, e escolhi o Altay", atirou.
"Eu não deixei cair Onana"
Os minutos foram passando, e o desagrado de Ruben Amorim para com a insistência dos jornalistas relativamente à problemática da baliza do Manchester United foi ficando cada vez mais evidente. De tal maneira que, quando questionado sobre se a mesma pode vir a levar a uma nova incursão no mercado de transferências de verão, abanou veementemente a cabeça e atirou: "Estou satisfeito com os três guarda-redes".
"Eu não deixei cair Onana do plantel. Não retirei os dois outros guarda-redes do plantel. Não se trata de deixar cair o Onana, trata-se de colocar o Onana, que passou uma semana sem ver jogos, sem ter tempo para treinar... Dei prioridade ao Tom e ao Altay, que fizeram um bom trabalho, na pré-temporada", rematou.
Resta, agora, saber qual será o guardião escolhido pelo antigo timoneiro do Sporting, no próximo domingo, pelas 16h30 (hora de Portugal Continental) para quando está agendado o embate da segunda ronda do campeonato inglês, perante o Fulham, de Marco Silva, em Craven Cottage.
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