José Mourinho está sempre atento à realidade do futebol nacional e a saída de Kokçu, para o Besiktas, foi abordada de maneira bem-humorada.
"O Kokçu vai para casa. Vai para casa, sai cedo e ganha bem. E já não chateia o Bruno Lage", afirmou o técnico português num excerto da entrevista publicada, esta segunda-feira, pelo Canal 11, realizada por Cândido Costa, antigo pupilo do 'special' One, e Miguel Belo.
Recorde-se que Kokçu é reforço do Besiktas, dos portugueses Gedson Fernandes, Rafa Silva e João Mário, a título de empréstimo do Benfica, que incluiu uma opção de compra obrigatória no valor de 25 milhões de euros. O negócio poderá chegar aos 30 milhões de euros mediante a concretização de objetivos.
O internacional turco, de 24 anos, deixou a Luz depois de um conflito com Bruno Lage no Mundial de clubes, na partida frente aos neozelandeses do Auckland City, para a segunda jornada do Grupo C. O jogador não reagiu bem quando foi substituído por Renato Sanches e esteve envolvido numa acesa discussão com o treinador no banco de suplentes.
Atualmente no Fenerbahçe, José Mourinho reconheceu ainda as dificuldades de contratar em Portugal: "Tenho atenção, mas também tenho noção da realidade. Um jogador jovem em Portugal com aspirações a muito, não penso que a Turquia seja um mercado favorito", disse.
O treinador português, de 62 anos, avança para a sua segunda temporada em Istambul e está pressionado pelos resultados. Para já, o Fenerbahçe deseja regressar à Liga dos Campeões. A equipa evitou o Benfica, mas nem por isso saiu do sorteio da terceira pré-eliminatória da prova milionária com motivos para sorrir. O emblema turco terá pela frente o Feyenoord, que recebeu, recentemente, Gonçalo Borges, ex-FC Porto, e que na última temporada terminou a Eredivisie na terceira posição.
O Fenerbahçe tem o processo eleitoral presidencial em setembro e o futuro de José Mourinho estará em discussão. "São sempre momentos complicados. Por muito que digam que os treinadores são para treinar e jogadores para jogar, não passamos ao lado do processo eleitoral", afirmou o técnico, em declarações à Sport TV, manifestando o desejo em regressar a Portugal:
"Vai acontecer. É uma coisa que quero e a minha família quer. Não por um retiro dourado, honestamente, a minha casa é em Londres, é lá que os meus filhos estão. Não quero voltar a Portugal nesse sentido. Mas um dia vai acontecer, seja a nível de clube ou seleção, seja a oportunidade que aparecer, no momento certo. Um dia vai acontecer, vamos ver onde."
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