Louis van Gaal revelou, este sábado, que venceu o cancro na próstata, algo que o havia levado a interromper a carreira de treinador, após ter estado a comandar a seleção dos Países Baixos no Mundial de 2022, do Qatar. Agora, depois do pesadelo, já 'espreita' uma de duas seleções.
"Já não tenho cancro. Correu tudo bem e, finalmente, agora já posso controlar isto. Tenho feito exames a cada dois meses e posso dizer que estou cada vez em melhor forma física", começou por dizer no programa televisivo 'Humberto', da RTL4, em declarações citadas no jornal The Guardian.
"Há dois anos fui operado por várias vezes. Nessa altura, estava mesmo tudo mal. Tinha problemas em evacuar, andava com fraldas, era tudo terrível. Aparecia muitas vezes em público e tinha de usar calças escuras para não se notar. Foi uma fase em que nada correu bem", vincou de seguida.
Apesar da doença, Louis van Gaal manteve-se ligado ao futebol, embora como consultor do Ajax nas últimas duas temporadas, mas agora revela estar disponível para comandar duas seleções em específico, afastando o regresso ao ativo enquanto treinador de clubes.
"Fui recebendo vários convites de clubes para treinar ao longo dos últimos dois anos. Não vou treinar um clube porque não tenho vontade de trabalhar todos os dias", sublinhou o técnico de 73 anos.
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Experiente treinador de 72 anos encontrava-se ao serviço da seleção dos Países Baixos.
Notícias ao Minuto | 09:04 - 19/06/2024"Quando és selecionador trabalhas cerca oito vezes por ano, é melhor. E, verdade seja dita, alguém quer um treinador de 73 anos que teve um cancro na próstata? Neste momento, só aceitaria países como a Inglaterra ou a Alemanha [para comandar]", rematou.
Recorde-se que Louis van Gaal arrancou a carreira de treinador no AZ Alkmaar, em 1986, como adjunto, seguindo-se o mesmo tipo de experiência no Ajax, até que foi promovido a técnico principal, entre 1991 e 1997. Por essa altura, destacava-se ao ponto de ser contratado pelo Barcelona e, pelo meio, ainda treinou a seleção dos Países Baixos. Seguiu-se o regresso ao AZ Alkmaar, uma aventura no Bayern Munique e outra no Manchester United, com uma nova passagem pela seleção neerlandesa pelo meio.
Com um extenso palmarés (destacando-se a conquista de troféus como Liga dos Campeões, Liga Europa, Supertaça Europeia e Taça Intercontinental), o experiente treinador não treinou qualquer equipa entre 2016 e 2020, até que aceitou comandar novamente a seleção dos Países Baixos, até ao Mundial do Qatar, em 2022.
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Neerlandês aponta o dedo à direção do clube que orientou, entre 2014 e 2016, na análise a uma temporada em que Ruben Amorim sucedeu a Erik ten Hag, embora não tenha melhorado os resultados como pretendido.
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