Autonomia de 3.000 km com cinco minutos de carga? Os planos da Huawei

A Huawei estará a desenvolver um novo automóvel elétrico com uma autonomia de 3.000 km com breves minutos de carga. Esta seria uma revolução para a mobilidade elétrica, em que a autonomia costuma ser um dos grandes entraves.

Huawei Stelato 9 a carregar.

© Costfoto/NurPhoto via Getty Images

Bernardo Matias
08/08/2025 14:35 ‧ há 2 dias por Bernardo Matias

Auto

Huawei

E se um carro elétrico pudesse cobrir 3.000 km com cerca de cinco minutos de carga? No futuro, pode deixar de ser apenas um exercício de imaginação, uma vez que é o que a Huawei está a desenvolver. No entanto, há desafios até que possa chegar à produção em série, alertam especialistas.

 

De acordo com o The Korea Herald, a tecnológica chinesa submeteu a patente para uma bateria de estado sólido de sulfureto, que pode permitir a um carro percorrer até 3.000 km com uma só carga. E demora apenas cinco minutos a repor os níveis.

A arquitetura tem densidades energéticas entre 400 e 500 Wh/kg, ou seja, cerca de duas a três vezes mais do que as baterias de iões de lítio tradicionais.

A tecnologia vai ainda mais longe, apresentando uma nova abordagem para melhorar a estabilidade eletromecânica das células - o que poderá responder aos desafios de segurança e ciclo de vida da bateria. Essa consiste em dopar os eletrólitos de sulfureto com nitrogénio

Tecnologia é alvo de ceticismo

Porém, há ceticismo que chega da Coreia do Sul, com o professor de engenharia de energia da Universidade de Dankook, Yan Min-ho, a dizer: "Mesmo as baterias de iões de lítio mais avançadas, que geralmente têm uma maior capacidade do que os protótipos de estado sólido, ficam aquém desse tipo de autonomia. Tal desempenho pode ser possível em condições de laboratório, considerando apenas o peso dos materiais ativos, mas fatores do mundo real como a perda de energia e a gestão térmica, tornam o fabrico em massa extremamente difícil".

A solução proposta pela Huawei para a dopagem de nitrogénio também é questionada: "Embora a dopagem de nitrogénio possa ajudar com a estabilidade da interface, normalmente é feita em vácuo e com grande precisão. Não é algo que se possa escalar para produção comercial sem grandes custos e penalizações em tempo", afirmou um investigador de uma grande empresa coreana de baterias citado pelo The Korea Herald.

Leia Também: Tecnologia automóvel da Huawei polémica: "Solução à procura de problema"

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