O Paquistão é o mais recente destino da BYD. O construtor chinês irá produzir carros elétricos naquele país a partir de julho ou agosto do próximo ano, tirando proveito dos incentivos que o governo local proporciona.
Danish Khalid, vice-presidente de vendas e estratégia da BYD Paquistão, disse à agência Reuters que a fábrica começou a ser construída em abril perto de Karachi. É fruto da colaboração entre a BYD e a Mega Motor Company.
A capacidade máxima de produção, em turno duplo, será de 25 mil unidades por ano, mas não foi dito se o plano é atingir esses números. O destino será o mercado paquistanês, mas há a possibilidade de vir a existir exportação para países vizinhos com condução à direita.
Numa primeira fase, a operação irá consistir na montagem de peças importadas, enquanto a produção local se limita a componentes não elétricos.
O mercado dos carros elétricos e híbridos plug-in está em franco crescimento no Paquistão, onde a BYD chegou em março deste ano. Esta sexta-feira, lançará mais um modelo para aquele país - o Shark 6 plug-in híbrido.
Expansão para o Paquistão, abrandamento na Europa
Nos últimos dias, a Reuters noticiou que a BYD deve 'travar' os seus planos para a Europa. A produção em massa na nova fábrica em Szeged (Hungria) só começará em 2026 e longe da capacidade máxima.
Por outro lado, equaciona instalar a produção na Turquia, com uma fábrica capaz de produzir 150 mil unidades por ano. Assim, poderia exportar para o mercado europeu sem tarifas, mas com custos de mão-de-obra mais baratos.
Na Hungria, deverão ser produzidos o Atto 3, Dolphin e Seagull, ao passo que o Seal U SUV, o Sealion 5, o Seal U Dmi e o Seal 06 Dm-i deverão ser concebidos na Turquia.
Há, ainda, um recuo nas intenções de abrir uma fábrica no México - plano que já não vai avançar. Há algumas semanas, a vice-presidente executiva da BYD, Stella Li, admitiu à Bloomberg repensar a estratégia no contexto das tarifas dos Estados Unidos da América e das tensões geopolíticas correntes.
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