Forte quebra de 36,6% dos lucros da Volkswagen até junho

O Grupo Volkswagen revelou os seus resultados financeiros da primeira metade do ano, com uma quebra de 36,6 por cento do lucro líquido atribuível. Foi de 4.005 milhões de euros.

Logótipo da Volkswagen em fundo cor de laranja

© Wolfram Steinberg/picture alliance via Getty Images

Lusa
25/07/2025 12:46 ‧ ontem por Lusa

Auto

Volkswagen

O Grupo Volkswagen teve uma acentuada descida dos lucros na primeira metade deste ano. Os resultados financeiros divulgados esta sexta-feira mostram um lucro líquido atribuível de 4.005 milhões de euros, o que representa uma quebra de 36,6 por cento face ao mesmo período de 2024.

 

A Volkswagen atribui estes resultados aos custos de reestruturação e aos investimentos para cumprir as metas regulamentares relativas a CO2 na Europa.

A política protecionista de tarifas do Presidente dos EUA, Donald Trump, afetou os resultados do grupo Volkswagen, sendo que até o momento as tarifas sobre automóveis nos EUA custaram à Volkswagen cerca de 1.300 milhões de euros.

O grupo automóvel ao qual pertencem as marcas VW, Audi, Porsche, Seat e Cupra reviu hoje em baixa as suas previsões de rentabilidade e faturação para este ano, atribuindo responsabilidade aos maus resultados da Porsche e da Audi.

A faturação da Volkswagen manteve-se no primeiro semestre, fixando-se nos 158.364 milhões de euros (menos 0,3% em relação ao ano anterior).

"O grupo Volkswagen manteve a sua posição num ambiente extremamente desafiador", considerou o presidente executivo (CEO) do grupo, Oliver Blume, ao apresentar o balanço do primeiro semestre.

O grupo Volkswagen mantém uma sólida posição de liquidez com 28.387 milhões de euros no final de junho.

Vendas estáveis

"Os nossos números de vendas mantêm-se estáveis num mercado global competitivo, na Europa, ampliamos a nossa posição de liderança na mobilidade elétrica, com uma quota de mercado de 28%, e as carteiras de encomendas continuam bem completas", acrescentou Blume.

O grupo entregou aos clientes no primeiro semestre 4,405 milhões de unidades, 1,3% mais do que no ano anterior.

E carteira de encomendas na Europa cresceu 19% no primeiro semestre e disparou 62% no caso dos veículos elétricos.

Porém, o resultado operacional piorou entre janeiro e junho para 6.707 milhões de euros, 32,8% inferior ao do ano anterior, pelo que a rentabilidade operacional sobre as vendas baixou para 4,2 % (6,3 % no primeiro semestre de 2024).

O grupo também teve custos elevados de reestruturação, sendo que a marca VW vai cortar 35.000 postos de trabalho, a Audi 7.500 e a Porsche 1.900 na Alemanha.

Resultados por marca

A marca Volkswagen melhorou o resultado operacional no primeiro semestre para 1.103 milhões de euros (+20,3 % em relação ao ano anterior), mas a Seat e a Cupra reduziram-no para 38 milhões de euros (-90,6 %).

A Audi, a Lamborghini, a Bentley e a Ducati reduziram o seu lucro operacional para 1.087 milhões de euros, uma queda de 45%. Já a Porsche teve uma queda mais acentuada na ordem dos 71,3% para 832 milhões de euros.

A Traton, que agrupa os veículos comerciais do grupo das marcas MAN, Scania, International e VW Truck & Bus, também baixou o lucro operacional para 1.245 milhões de euros (-39,3 %) devido ao facto de as tarifas dos EUA reduzirem o transporte de mercadorias no país e, consequentemente, as novas encomendas de camiões.

A sua subsidiária de 'software' Cariad sofreu no primeiro semestre uma perda de 1.172 milhões de euros (perda de 1.182 milhões de euros um ano antes).

Leia Também: Novo Volkswagen ID.4 chega em 2026 e será "completamente diferente"

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