Adultização? Meta e TikTok já reagiram ao vídeo do youtuber Felca

O vídeo partilhado pelo youtuber Felca serve como denúncia para a forma como os algoritmos de redes sociais como o Instagram expõem vídeos de crianças e adolescentes a abusadores sexuais.

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Miguel Patinha Dias
14/08/2025 11:45 ‧ há 3 horas por Miguel Patinha Dias

Tech

Felca

O youtuber e influenciador brasileiro Felca deu que falar esta semana devido ao seu mais recente vídeo sobre a “adultização” de crianças nas redes sociais, onde denuncia a forma como o algoritmo de plataformas como o Instagram contribui para expôr crianças e adolescentes a pedófilos e abusadores sexuais.

 

O vídeo serve também como um apelo para que a Meta (dona do Instagram) e o TikTok façam alterações à forma como lidam com este conteúdo e, em comunicados enviados à revista brasileira Valor, as duas empresas explicam o que fazem a respeito deste tipo de vídeos.

Um representante da Meta notou à publicação brasileira que, de acordo com os termos de utilização das suas redes sociais, a empresa já faz denuncia este tipo de grupos e redes de pedofilia às autoridades competentes e afirma que já remove imagens impróprias partilhadas por pais para que estas não sejam obtidas por pessoas mal intencionadas.

“Não permitimos e removemos de nossas plataformas conteúdos de exploração sexual, abuso, nudez infantil e sexualização de menores”, afirma a Meta, que indica ainda que as suas redes sociais estão equipadas com um sistema que compara imagens partilhadas nas plataformas com conteúdo já sinalizado como pedofilia e absudo infantil.

No caso do TikTok, a empresa diz que baniu em 2023 e 2025 o influenciador Hytalo Santos que é mencionado por Felca no seu vídeo e que conta com uma série de medidas destinadas a garantir a segurança de crianças e adolescentes na plataforma.

O TikTok afirma que não permite que menores de 13 anos tenham conta na rede social e afirma que as contas pertencentes a menores de 16 anos têm configurações específicas de forma a assegurar que os pais e encarregados de educação estão devidamente informados sobre a atividade dos mais jovens na rede social.

“Se tivermos conhecimento de que um titular de conta tem uma violação grave ou cometeu uma infração sexual contra uma pessoa jovem, baniremos a conta, bem como quaisquer outras contas pertencentes a essa pessoa”, pode ler-se no comunicado partilhado pelo TikTok com a Valor, notando que a plataforma tem sistema de moderação que, além de algoritmos, também conta com mais de 40 mil moderadores humanos para avaliar potenciais violações dos termos da comunidade.

Felca não monetizou vídeo sobre adultização. Mas quanto teria recebido?

Felca não monetizou vídeo sobre adultização. Mas quanto teria recebido?

O youtuber brasileiro partilhou na semana passada um vídeo onde denunciou a exposição de crianças em vídeos partilhados pelo Instagram e pelo TikTok. Felca escolheu não monetizar o vídeo, mas teria recebido o equivalente a mais de 15 mil euros se o tivesse feito.

Miguel Patinha Dias | 09:51 - 14/08/2025

O vídeo que se tornou um fenómeno

O vídeo em questão partilhado por Felca ultrapassou a marca de 35 milhões de visualizações no espaço de uma semana e gerou fortes reações tanto no Brasil como em Portugal.

A ajudar à credibilidade da forma como estes temas foram abordados, o youtuber decidiu não monetizar o vídeo sendo que, caso o fizesse, ganharia milhares de reais.

A revista brasileira Veja fez as contas e estima que, a julgar pelos valores médios pagos no Brasil entre os 6 e os 15 reais por cada mil impressões, Felca teria recebido em torno de 100 mil reais que, na conversão para euros, são cerca de 15,8 mil euros.

Leia Também: Exploração de menores nas redes sociais? Vídeo viral abre debate

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