"Vamos juntar-nos a várias outras empresas (...) na assinatura do código de conduta da União Europeia [IA] para a IA de uso geral", afirmou Kent Walker, presidente de assuntos globais da Google.
A OpenAI, criadora do ChatGPT, e a 'startup' francesa Mistral já anunciaram que vão assinar o código de conduta, enquanto a Meta, dona do Facebook, Instagram e WhatsApp --- uma crítica acérrima às regras digitais europeias ---, afirmou que não o irá fazer.
Publicadas a 10 de julho, as recomendações europeias para os modelos de IA mais avançados, como o ChatGPT, centram-se particularmente nas questões de direitos de autor.
A UE apela à exclusão da IA de 'sites' conhecidos por atos repetidos de pirataria e solicita aos signatários que se comprometam a verificar se os seus modelos não reproduzem conteúdo ofensivo ou violento.
Estas recomendações foram concebidas para modelos de IA de uso geral, como o ChatGPT, o Grok da X Platform ou o Gemini da Google.
O Grok fez recentemente manchetes por veicular conteúdo extremista e ofensivo. A 'startup' xAI de Elon Musk, responsável pelo Grok, pediu desculpa pelo "comportamento horrível" do seu 'chatbot'.
Este código de boas práticas não é vinculativo. Contudo, as empresas que o assinarem terão benefícios como uma "redução da carga administrativa" na comprovação da sua conformidade com a legislação europeia sobre IA, promete a Comissão Europeia.
O IA Act (lei europeia para a IA) tem feito com que os 'gigantes' tecnológicos tenham repetidamente pedido o adiamento da lei.
Na quarta-feira, a Google voltou a afirmar que as regras europeias "correm o risco de abrandar o desenvolvimento da IA na Europa", mas a Comissão Europeia pretende cumprir o calendário, com a implementação a começar a 02 de agosto e a maior parte das obrigações a entrar em vigor um ano depois.
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