A Microsoft tem estado nas notícias não só pelos investimento na área da Inteligência Artificial, como também pelos despedimentos de milhares de pessoas nos últimos tempos. Ao longo dos últimos meses, cerca de 15 mil pessoas foram despedidas pela Microsoft - sendo que 9 mil tiveram o seu destino ‘selado’ no começo deste mês de julho.
Conta agora o jornalista Tom Warren do site The Verge que, após conversar com vários trabalhadores na Microsoft, relata uma sensação de preocupação constante entre os funcionários da gigante tecnológica.
“A Microsoft arrisca-se a criar uma cultura de medo”, escreve Warren, notando que estes despedimentos não são somente resultado de cortes relacionados com desempenho aquém das expectativas, mas sim de grandes investimentos em infraestrutura para o desenvolvimento de Inteligência Artificial.
A competir com empresas como a Google, a Meta, a OpenAI, a Amazon e a Anthropic, a Microsoft quer garantir que não é deixada para traz e, portanto, tem tomado a decisão de despedir trabalhadores de forma libertar o capital necessário para poder continuar a fazer parte desta ‘corrida’
“A atmosfera dentro da Microsoft é agora muito diferente da que tinha há uma década, quando a Microsoft era outra vez vista como fixe e o Satya Nadella tinha acabado de ser promovido a CEO e revolucionado a cultura da empresa ao abraçar o mundo além do Windows”, explica Warren, notando que foi nesta fase que plataformas como o LinkedIn e o Github foram adquiridas e que a tecnológica de Redmond se tornou uma das principais ‘players’ no mercado da ‘cloud’.
Serve notar que esta aposta da Microsoft em infraestrutura de IA custará dezenas de milhares de milhões de dólares nos próximos anos e que, neste momento, ainda não há garantias que represente o retorno necessário para um investimento deste nível. No entanto, será sempre uma forma de garantir que a Microsoft está pelo menos no mesmo patamar das suas principais concorrentes.
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