A coordenadora do Bloco de Esquerda (BE), Mariana Mortágua, criticou que o ordenamento da floresta esteja constantemente a ser adiado, sublinhando que essa tarefa será "uma homenagem a quem combate os fogos".
Mortágua recorreu à rede social X (antigo Twitter), esta segunda-feira, pouco depois da declaração do primeiro-ministro ao país, para classificar a "angústia" como um "mau pano de fundo para balanços".
Ainda assim, para a coordenadora do BE, "um deve ser feito: a cada ano responsabilizam-se incendiários e explica-se a tarefa impossível dos bombeiros, mas adia-se sempre o ordenamento da floresta".
"Levar a sério esta tarefa será uma homenagem a quem combate os fogos", conclui.
A angústia é um mau pano de fundo para balanços. Mas um deve ser feito: a cada ano responsabilizam-se incendiários e explica-se a tarefa impossível dos bombeiros, mas adia-se sempre o ordenamento da floresta. Levar a sério esta tarefa será uma homenagem a quem combate os fogos.
— mariana mortágua (@MRMortagua) August 18, 2025
O primeiro-ministro, Luís Montenegro, remeteu hoje uma avaliação sobre o 'timing' de acionamento do Mecanismo Europeu de Proteção Civil para mais tarde, mas manifestou-se disponível para ser escrutinado e para responder perante o país e o parlamento.
Em declarações aos jornalistas após ter assistido ao 'briefing' e estado reunido com o comando da Proteção Civil, em Carnaxide, Luís Montenegro foi questionado se se arrepende de não ter acionado o Mecanismo Europeu de Proteção Civil mais cedo.
Na resposta, o primeiro-ministro salientou que esse mecanismo tem "regras de funcionamento" e o Governo seguiu, do ponto de vista operacional, "as indicações que foram dadas de conciliação entre o dispositivo de meios aéreos" nacional e a necessidade de o poder reforçar, frisando que há outros países europeus, inclusive no norte do continente, que também estão a lidar com incêndios florestais.
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