A meteorologia para os próximos dias vai continuar a dificultar o combate aos incêndios que lavram no Interior Centro há mais de uma semana.
De acordo com a meteorologista Alexandra Fonseca, do Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA), "os próximos dias vão continuar quentes nos distritos do Interior", ou seja, tudo indica que "a situação grave, que agora se regista, se mantenha até domingo", dia 17 de agosto.
Por essa razão, "os distritos do Interior mantêm-se em aviso laranja e amarelo", realça a especialista.
Já no Litoral Oeste, como explica Alexandra Fonseca, "as temperaturas começam a descer a partir de amanhã", sexta-feira, 15 de agosto, passando os distritos em questão a 'verde'.
Já o vento vai soprar "de forma mais intensa na faixa costeira". No Interior "não se deverá registar vento forte". A única exceção pode ser nas chamadas "terras altas", onde poderá soprar "com mais intensidade".
Na quarta-feira, o Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, alertou para o facto de amanhã, 15 de agosto, ser um dia "muito complicado" para o combate aos incêndios florestais em Portugal Continental.
Ao Notícias ao Minuto a meteorologista do IPMA confirmou que a situação manter-se-á "complicada" não só amanhã como durante todo o fim de semana, sem querer estabelecer qual o pior dia, uma vez que "depende das zonas".
"Na região Sul, no Algarve, por exemplo, as temperaturas são mais altas no domingo", notou.
"Descida drástica das temperaturas" na segunda-feira
Na segunda-feira, 18 de agosto, o Interior do país vai, finalmente, sofrer uma "descida drástica das temperaturas", chegando mesmo, em alguns casos, a registar uma redução de 5ºC em apenas um dia.
No Litoral os termómetros não vão registar uma descida tão acentuada, uma vez que as temperaturas começam a baixar já a partir de amanhã.
Onda de calor na Europa agrava situação
Sublinhe-se que os países do sul da Europa continuavam no combate aos incêndios no meio de uma onda de calor, com a situação mais grave em Espanha, onde foi registada a terceira morte no combate aos fogos.
País na linha da frente do aquecimento global na Europa, a Espanha está habituada a temperaturas extremas, mas há alguns anos que enfrenta uma multiplicação e intensificação das ondas de calor, segundo a agência de notícias France-Presse (AFP).
Até agora, Portugal é o terceiro país da União Europeia com mais área ardida este ano, cerca de 75.000 hectares, depois de Espanha e Roménia (123.816).
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