Uma mulher de 50 anos ficou em prisão preventiva por suspeitas de atear um incêndio junto à sua casa em Sintra, distrito de Lisboa, numa altura em que Portugal estava sob alerta de risco extremo de incêndio.
De acordo com uma nota publicada esta quinta-feira no site do Ministério Público (MP), a prisão preventiva como medida de coação foi aplicada na terça-feira, no dia seguinte ao incêndio deflagrar na localidade de Lourel.
"Os factos indiciam que a arguida saiu de casa, em Lourel, no concelho de Sintra, por volta das 14h30 do dia 4 de agosto de 2025, levando consigo uma garrafa de combustível", lê-se no site do MP.
Segundo o que é explicado, a mulher "atravessou a rua onde mora e, junto a um muro de um terreno baldio, derramou combustível e pegou fogo à vegetação."
"Depois de se certificar que o incêndio que ateara se desenvolvia e tinha potencial para se propagar à vegetação e mata circundantes, a arguida regressou à sua residência levando consigo a garrafa", indica o MP.
O alerta foi dado por volta das 14h30 por testemunhas que se encontravam no local e que se aperceberam não só das chamas como também da presença da agora arguida.
É ainda explicado que "uma outra testemunha apercebeu-se do fogo e saiu, de imediato de casa, levando uma mangueira para combater as chamas."
O inquérito segue no Departamento Central de Investigação e Ação Penal do Núcleo de Sintra.
Note-se que Lourel se localiza a poucos quilómetros de monumentos como o Palácio Nacional de Sintra ou o Parque e Palácio Nacional da Pena. Na altura em que a suspeita de incendiar o fogo atuou vários monumentos estavam encerrados.
No sábado, a autarquia de Sintra informou, que alguns monumentos do concelho iriam encerrar, assim como o seu perímetro florestal devido ao perigo máximo de incêndio rural. Os monumentos que estão encerrados no local, até esta quinta-feira, podem ser consultados aqui.
Nas últimas horas, o Instituto Português do Mar e da Atmosfera estendeu até ao final da tarde de sábado o aviso laranja, o segundo mais grave, nos distritos de Bragança, Vila Real, Visei e Guarda, por causa do calor.
No entanto, a persistência das altas temperaturas vão agravar os alertas em dois distritos já que no sábado. Bragança e Vila Real passarão assim a estar sob aviso vermelho, o máximo nível de alerta.
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