Um dos dois meios aéreos que estavam a prestar auxílio no combate às chamas em Gondomar amarou no rio Douro, esta quinta-feira, devido a uma avaria mecânica.
A informação foi avançada pela SIC Notícias, que deu conta de que não há registo de feridos.
Fontes aeronáuticas explicaram à agência Lusa que após amarar no rio para a recolha de água, e logo na fase inicial do 'scoping' (carga de água), o piloto perdeu o controlo da aeronave, tendo esta ido embater numa das margens.
Segundo as mesmas fontes, na origem do incidente poderá ter estado um problema mecânico, acrescentando que o Canadair sofreu danos num dos flutuadores e no casco, ficando, para já, inoperacional.
Saliente-se que o incêndio começou em Penafiel, na terça-feira, e passou para Gondomar. O fogo tem, atualmente, três frentes, estando os meios a ser reposicionados para o combate nas povoações de Vilarinho e Moreira, de acordo com o comandante dos bombeiros, Joel Castro.
No ponto da situação sobre o incêndio que começou em Capela e alastrou para Melres, o bombeiro afirmou que o incêndio tinha, pelas 15h00, três frentes, sendo uma em Penafiel e duas em Gondomar.
Joel Castro acrescentou que as chamas já consumiram "uma área considerável" de mato, informando haver meios a ser reposicionados no terreno para dar resposta ao avanço das chamas, que continuam próximas das povoações de Vilarinho e de Moreira.
No terreno, segundo o bombeiro, estavam à hora do ponto da situação 215 operacionais e 65 viaturas.
Durante a manhã, as autoridades chegaram a pedir à população de Moreira para a abandonarem. Questionado sobre este pedido de retirada, o comandante explicou que foi feito por precaução, não revelando se a população concordou nem quantas pessoas foram retiradas.
Por seu lado, o presidente da Câmara de Gondomar, Luís Filipe Araújo, comunicou a chegada, "em breve, de meios aéreos" a Melres, sublinhando a sua importância num momento em que os homens no terreno já "estão em esforço".
O alerta para este fogo que teve início na freguesia de Capela, em Penafiel, foi dado às 09h26 de terça-feira.
Único helicóptero no Alto Minho inoperacional após embate em ramada
Recorde-se ainda que o único meio aéreo disponível do Centro de Meios Aéreos de Arcos de Valdevez está inoperacional, após ter embatido numa ramada de videiras, em São Jorge e Ermelo, segundo disse à Lusa o presidente da Câmara, na quarta-feira.
"Estava a aterrar em campo, em São Jorge, para recolher quatro elementos da Equipa de Intervenção Permanente (EIP) quando uma das pás da hélice embateu na ramada e danificou a pá numa videira. Conseguiram aterrar em segurança e, não há feridos, entre os quatro elementos de EIP e o piloto", afirmou Olegário Gonçalves.
Ponte da Barca pede ajuda e ação ao Governo. "Estou indignado, revoltado"
O presidente da Câmara de Ponte da Barca pediu ao Governo, na quarta-feira, para acionar o Mecanismo Europeu de Proteção Civil ou outros acordos bilaterais com outros países para combater o incêndio no Parque Nacional da Peneda-Gerês.
"Falei com a ministra da Administração Interna. Pedi-lhe para acionar o Mecanismo Europeu de Proteção Civil ou acordos bilaterais com Espanha ou com outros países que achar mais rápidos que ajudem a combater este flagelo, quer em Ponte da Barca quer no país", afirmou Augusto Marinho.
O pedido do autarca social-democrata surgiu depois vários apelos que tem vindo a dirigido ao Governo, sem sucesso, para o reforço dos meios aéreos de combate ao incêndio, que começou no sábado.
"É impossível combater este incêndio com apenas um meio aéreo. Esta frase diz tudo. Estou indignado, revoltado", complementou.
Quase todos os concelhos de Bragança, Vila Real, Guarda, Viseu, Coimbra, Castelo Branco e Faro estão hoje em perigo máximo de incêndio rural, segundo dados do Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA).
[Notícia atualizada às 17h41]
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