De acordo com uma publicação de hoje do Departamento de Investigação e Ação Penal (DIAP) Regional de Lisboa, o Ministério Público decidiu deduzir acusação "para julgamento em processo comum, perante tribunal coletivo, contra um arguido, de 45 anos, natural da Índia".
O homem está acusado da prática dos crimes de violência doméstica agravado, homicídio qualificado, profanação de cadáver, roubo agravado e coação agravada, além dos crimes de incêndio, perseguição, extorsão, devassa da vida privada agravada, perturbação da vida privada e um crime de gravações e fotografias ilícitas.
Segundo a nota do DIAP, o arguido e a vítima mantinham uma relação de namoro há cerca de seis anos, tendo vindo viver para Portugal em março de 2024, onde passaram a viver juntos, sendo que o arguido dependia financeiramente da namorada.
Em finais de julho de 2024, por decisão da vítima, terminaram o relacionamento, tendo o arguido, em várias ocasiões, levado a cabo "confrontos verbais e físicos com a vítima, chegando a ameaça-la de morte".
Com base na acusação, no dia 8 de fevereiro o arguido foi ao local de trabalho da vítima, um restaurante na Amadora, "esperou que aquela abrisse a porta e empurrou-a para o interior. De seguida, agarrou-lhe o pescoço e esganou-a".
Depois disso, ateou fogo ao corpo da vítima, mudou de roupa e abandonou o local.
O arguido encontra-se, desde então, sujeito à medida de coação de prisão preventiva.
A investigação foi dirigida pelo Ministério Público da Secção Especializada Integrada de Violência Doméstica (SEIVD) de Sintra, do DIAP Regional de Lisboa, com a coadjuvação da Polícia judiciária.
Leia Também: Agente da PSP constituída arguida após situação de violência doméstica
