Segundo um comunicado desta autarquia do distrito de Bragança enviado à Lusa, "a contra-análise à qualidade das águas da Praia da Fraga da Pegada acabou por ditar o levantamento da interdição a banhos naquela estância balnear, que estiveram proibidos desde de quarta-feira, por alegada contaminação biológica".
O presidente da Câmara de Macedo de Cavaleiros, Benjamim Rodrigues, citado no comunicado, considerou estar-se perante aquilo que classificou como um potencial erro técnico.
"A contra-análise veio agora dar-lhe razão, mas a insatisfação para com os prejuízos causados, essa, não fica remediada com o levantamento da interdição", vincou o autarca socialista de Macedo de Cavaleiros.
Segundo Benjamim Rodrigues, esta não é uma situação nova, porque em 2024 houve, igualmente, uma situação semelhante que levou à interdição da Praia da Pegada que causou prejuízos no comércio local.
"Já no ano passado passámos por uma circunstância idêntica e isto cria problemas graves aos banhistas, aos turistas e aos comerciantes da região e deixa um dano reputacional para as nossas praias - que são de excelência - difícil de apagar", considera Benjamim Rodrigues,
O autarca de Macedo de Cavaleiros já fez saber "que está disposto a levar o assunto até às últimas consequências".
"Alguém vai ter de assumir responsabilidades por estes erros recorrentes. Não podemos admitir que, depois de tanto esforço feito para manter a qualidade das nossas praias, erros que não são da nossa responsabilidade venham a pôr em causa a justa perceção de que temos das melhores praias fluviais do país", vincou Benjamim Rodrigues.
Segundo o autarca, os comerciantes locais queixam-se de prejuízos elevados e na mira da autarquia estão o procedimento de recolha das amostras para análise e a Agência Portuguesa do Ambiente (APA).
O presidente da Câmara de Macedo de Cavaleiros lembrou "que esta é uma situação que se repete e é em tudo idêntica ao que aconteceu no ano transato, também aí já com prejuízos para a atividade económica e para a notoriedade das praias".
"Pelo que constatámos no terreno, os comerciantes estão a trabalhar a 30% do que seria normal, devido à interdição, que se provou completamente desnecessária e equívoca. E há, inclusive, relatos de turistas que cancelaram estadias na nossa região por causa desta situação", revela o autarca, "profundamente descontente" com o ocorrido.
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