Câmara da Amadora diz que demolições foram feitas "de forma tranquila"

O presidente da Câmara da Amadora assegurou hoje que as demolições de casas precárias levadas a cabo no concelho foram feitas "de forma pacífica" e reiterou que todos os moradores estão a receber acompanhamento da autarquia.

Carla Tavares, presidente da Câmara da Amadora (PS)

© Global Imagens

Lusa
17/07/2025 19:05 ‧ há 4 horas por Lusa

País

Demolições

"As pessoas estavam cientes de que habitavam em construções precárias e, portanto, correu tudo de forma pacífica", afirmou à agência Lusa Vítor Ferreira (PS).

 

O autarca, que falava esta tarde à Lusa à margem da apresentação das festas do concelho da Amadora, no distrito de Lisboa, comentou assim as demolições efetuadas na segunda-feira na Estrada Militar da Mina de Água, no antigo bairro de Santa Filomena.

Segundo Vítor Ferreira, a Câmara da Amadora já procedeu à demolição de oito das 22 construções ilegais identificadas, onde vivem cerca de 30 adultos e 14 crianças e jovens.

"Vários meses antes, foram todas [as pessoas] trabalhadas pelas nossas técnicas da assistência social, da Polícia Municipal, que as acompanhou dizendo sempre que não podiam fazer aquelas construções, ao mesmo tempo que tinham à sua disposição tudo aquilo que eram apoios sociais da Câmara Municipal", afirmou.

O autarca socialista explicou ainda que as restantes demolições foram suspensas devido a uma decisão judicial e assegurou que serão retomadas "se a decisão do tribunal for essa".

Questionado sobre um pedido de esclarecimento por parte da Amnistia Internacional, também dirigido à Câmara de Loures, sobre possíveis violações dos direitos humanos nas demolições, Vítor Ferreira adiantou que transmitiu que "ninguém ficou sem teto".

"Nós respondemos ontem [quarta-feira] e dissemos que fizemos sempre o acompanhamento, desde o início, até depois das demolições daquelas habitações, e que tudo resolvemos sem que ninguém ficasse sem teto ou qualquer apoio social", apontou.

Relativamente às questões da habitação, Vítor Ferreira assegurou que a autarquia está "preocupada" em arranjar soluções habitacionais no concelho, ressalvando que estão a ser tomadas medidas.

"Estamos neste momento a construir 48 fogos na zona norte da cidade para dar resposta a estas necessidades e, também ontem [quarta-feira], deliberámos em reunião de Câmara a compra de 22 lotes de terreno para habitação pública acessível, cujo valor de investimento, se assim for visado pelo Tribunal de Contas, são cerca de 9,7 milhões de euros", referiu.

As autarquias de Loures e Amadora promoveram esta semana operações de demolição de habitações precárias ilegais, desalojando várias famílias nos dois concelhos.

Loures iniciou na segunda-feira uma operação de demolição de 64, onde vivem 161 pessoas, no Bairro do Talude Militar.

No primeiro dia foram demolidas 51 construções, tendo a suspensão das operações sido decretada no segundo dia pelo Tribunal Administrativo de Lisboa na sequência de uma providência cautelar interposta por 14 moradores.

Na Amadora, na Estrada Militar da Mina de Água, no antigo bairro de Santa Filomena, está prevista a demolição da totalidade das 22 construções ilegais, onde vivem cerca de 30 adultos e 14 crianças e jovens.

Leia Também: Comissão Justiça, Paz e Ecologia condena demolições

Partilhe a notícia

Escolha do ocnsumidor 2025

Descarregue a nossa App gratuita

Nono ano consecutivo Escolha do Consumidor para Imprensa Online e eleito o produto do ano 2024.

* Estudo da e Netsonda, nov. e dez. 2023 produtodoano- pt.com
App androidApp iOS

Recomendados para si

Leia também

Últimas notícias


Newsletter

Receba os principais destaques todos os dias no seu email.

Mais lidas