O Ministério dos Negócios Estrangeiros revelou, esta quinta-feira, 17 de junho, que há um português entre as vítimas que morreram num incêndio que deflagrou na madrugada de domingo, 13 de julho, em Fall River, no estado de Massachusetts, nos Estados Unidos da América (EUA).
"O Governo lamenta a morte de um cidadão português num incêndio em Boston. Envia as condolências à família e continua a acompanhar a situação no local através da rede diplomática", lê-se no tweet do Governo português.
O Governo lamenta a morte de um cidadão português num incêndio em Boston. Envia as condolências à família e continua a acompanhar a situação no local através da rede diplomática.
— Negócios Estrangeiros PT (@nestrangeiro_pt) July 17, 2025
No entanto, vários meios de comunicação social norte-americanos, que avançaram com as identidades das vítimas, falam na possibilidade de ter morrido não um mas dois portugueses no incêndio.
É o exemplo do canal WNN. "Poderá haver um segundo luso-americano entre as vítimas do incêndio de Massachusetts. Trata-se de Brenda Andrade, uma idosa residente na 'Gabriel House'", é anunciado.
Questionado pelo Notícias ao Minuto sobre esta eventual segunda vítima mortal do fatídico fogo, o Ministério dos Negócios Estrangeiros disse que "até ao momento, só há confirmação de um cidadão nacional". A morte confirmada pelo Governo português é a de Rui Albernaz, de 64 anos.
Vítimas mortais têm entre 61 e 86 anos de idade
Recorde-se que, na madrugada de domingo, nove pessoas morreram e pelo menos 30 ficaram feridas num incêndio num lar de idosos em Fall River, cidade que conta com uma grande comunidade portuguesa.
Segundo o jornal Boston.com, as vítimas mortais tinham entre 61 e 86 anos.
A mesma publicação revela que as causas e origem do incêndio ainda não foram apuradas, mas estão a ser investigadas, apesar de "não parecer suspeito".
Ex-funcionários denunciam falta de "simulações de incêndio"
Entretanto, vários ex-funcionários da 'Gabriel House', lar onde ocorreu o incêndio mortal, garantiram ao jornal Globe que a 'casa' tinha vários problemas: "Poucos funcionários", "falta de controlo de pragas" e sem simulações de incêndios.
É o caso de Jenn Marley, antiga auxiliar de enfermagem da 'Gabriel House'. "Em quase dois anos que trabalhei lá nunca simulámos uma evacuação ou incêndio", garantiu.
Outra ex-trabalhadora da mesma área alegou ainda que havia "infestações de baratas e de percevejos" e que o único elevador do espaço esteve "parado nove meses". "Durante esse tempo houve pessoas que nunca saíram dos seus quartos", assegurou.
O proprietário do lar de idosos já veio lamentar o incêndio e assegurar que está a colaborar com as autoridades na investigação ao mesmo.
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