Situação na Galiza melhora com apenas dois grandes fogos ativos

A situação dos incêndios melhorou hoje na Galiza, estando ativos dois grandes fogos, enquanto em Castela e Leão se registam 17, no dia em que foi confirmada que Espanha teve a maior onda de calor de que há registo.

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© Pablo Blazquez Dominguez/Getty Images

Lusa
24/08/2025 12:37 ‧ há 3 horas por Lusa

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Incêndios

Depois de estabilizar no sábado o incêndio de Larouco, o maior da história da Galiza após queimar 30.000 hectares, o último balanço indica que o fogo continua ativo em Chandrexa de Queixa (província de Ourense), embora apenas no foco de Vilariño, pelo que "evolui favoravelmente".

 

Este grande incêndio, que deu início à onda de fogos no passado dia 08 de agosto, devastou 19.000 hectares.

Está ainda ativo o incêndio de Carballeda de Valdeorras-Casaio, que entrou em Ourense a partir do Porto de Sanabria (Zamora) e queimou 4.000 hectares na zona circundante de Pena Trevinca, a montanha mais alta da Galiza.

Apesar da melhoria da situação, a Xunta mantém o estatuto de situação 2 em toda a província de Ourense.

Em Castela e Leão há a contabilizar 17 incêndios, dos quais nove mantêm um Índice de Gravidade Potencial (IGP) 2, um está no nível 1 e outros sete permanecem ativos, segundo o balanço do governo desta comunidade autónoma e publicado na plataforma Inforcyl, referente às 11:00 de hoje (hora local).

A maioria dos focos de incêndio continua localizada nas províncias de Leão, Zamora e Palença.

Entre os incêndios considerados mais graves estão os de Fasgar, Anllares del Sil, Llamas de la Cabrera, Barniedo, Cardaño de Arriba, Gestoso, La Baña e Colinas del Campo de Martín Moro, em Leão, juntamente com o de Porto, em Zamora.

Este último, que se espalhou para a província de Leão, afetou na tarde de sábado a localidade de La Baña e obrigou à evacuação de moradores após a reativação de vários focos durante a tarde de sábado.

A recente onda de calor em Espanha foi a mais intensa desde que há registo, superando a de 2022, com uma anomalia de 4,6 graus, segundo confirmou hoje a Agência Estatal de Meteorologia (Aemet), com base em dados provisórios publicados na rede social X (antigo Twitter).

"A onda de calor de agosto de 2025 durou 16 dias. Na verdade, os primeiros vinte dias de agosto de 2025 constituíram o período de 01 a 20 de agosto mais quente desde, pelo menos, 1961 em toda a Espanha".

"A persistência do calor extremo intensifica a sua adversidade. A saúde das pessoas vulneráveis é afetada e o nível de perigo de incêndios aumenta", lembra a Aemet.

O período compreendido entre 08 e 17 de agosto foi o conjunto de dez dias consecutivos mais quente registado em Espanha desde, pelo menos, 1950. Dos 20 períodos mais quentes, cinco correspondem à recente onda de calor e 15 ocorreram desde 2022.

Desde que terminou a onda de calor no dia 18, "estamos num período de temperaturas abaixo do normal para a época. Ao longo dos próximos dias vão subir, ainda que, com alguma incerteza, se espere uma nova descida no final do mês, segundo indicou a mesma entidade.

A controvérsia sobre a gestão dos incêndios que assolam Espanha nos últimos dias antecipa um início tenso do ano político, que começa esta semana com atividades no Congresso e no Senado e com a realização de um Conselho de Ministros onde serão aprovadas ajudas para as zonas afetadas.

O Governo espanhol ativou em 11 de agosto o mecanismo europeu de proteção civil para solicitar meios internacionais e recebeu ajuda de nove países da UE, naquele que é o maior contingente de ajuda internacional que já chegou ao país desde 1975, referiu a Proteção Civil espanhola.

Leia Também: Área ardida em Chaves já ronda os 5.000 hectares

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