Um dia depois de ser recusada liberdade condicional ao seu irmão mais novo, Lyle Menendez obteve a mesma resposta do Departamento dos Serviços de Correção e Reabilitação da Califórnia. Acusado, com o irmão, Erik, de matar os pais em 1989, em Los Angeles, irá continuar a cumprir pena de prisão efetiva.
A decisão foi anunciada após 11 horas de deliberação, indica a Reuters, e um dia depois de Erik Menendez conhecer o mesmo resultado, após uma sessão de 10 horas.
Assim como foi decidido com Erik, a comissão entendeu que há sinais de que Lyle, agora com 57 anos de idade, ainda representa um risco para o público se lhe for concedida liberdade condicional, segundo pôde apurar a Reuters.
Na sua audiência, Erik, que foi acusado de ligações a gangues, compra de droga, participação num esquema de fraude fiscal, lutas e outras infrações, admitiu que, até recentemente, não via sentido em seguir as regras porque não tinha esperança de sair.
Erik Menendez vê liberdade negada: "Continua a representar perigo"
Considerou-se que Erik Menendez, preso por matar os pais com o irmão, em 1989, "não tem sido um prisioneiro exemplar" e "continua a representar um risco injustificado para a segurança pública".
Márcia Guímaro Rodrigues | 08:05 - 22/08/2025Tanto Lyle como Erik, ambos condenados por homicídio em primeiro grau há mais de três décadas, podem voltar a pedir liberdade condicional dentro de três anos.
Em maio, depois de cumpridos 35 anos atrás das grades, a sua pena de prisão perpétua foi reduzida para 50 anos, o que lhes abriu a porta ao pedido para liberdade condicional.
Acusados de matar os pais para herdar fortuna
O caso dos dois irmãos ganhou notoriedade mundial depois de um filme e um documentário da Netflix, em 2024. Algumas celebridades, como Kim Kardashian, que os chegou a visitar na prisão, vieram a público em defesa dos acusados.
Novo documentário da Netflix tem participação dos irmãos Menendez
Erik e Lyle foram entrevistados, assim como outras ‘personagens’ que tiveram um papel importante para o desenrolar do caso.
Miguel Patinha Dias | 11:28 - 08/10/2024Em 1990, o Ministério Público norte-americano acusou os dois jovens, então com 18 e 21 anos, de terem morto os pais a tiro para herdarem uma fortuna no valor de 14 milhões de dólares (12,5 milhões de euros).
Os advogados alegaram que os irmãos tinham sido violados durante anos pelo pai e que a mãe sabia disso, e que o homicídio configurou uma tentativa desesperada de autodefesa.
A decisão do juiz, em meados de maio, foi tomada numa audiência cuja realização o novo procurador distrital de Los Angeles, Nathan Hochman, tentou impedir durante meses. Hochman considera que os irmãos continuam a mentir sobre os motivos que os levaram a cometer os assassinatos de 1989, em que mataram os pais a tiro na sua casa de Beverly Hills.
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