Jornalista da Bloomberg vê visto negado e é forçada a sair de Hong Kong

"Ao fim de seis anos a cobrir Hong Kong, e grávida de oito meses, estou muito triste por deixar os meus colegas, os meus amigos e o lugar que considerava o meu lar", escreveu Rebecca Choong Wilkins.

Rebecca Choong Wilkins

© X/Bloomberg

Lusa
23/08/2025 08:25 ‧ há 2 horas por Lusa

Mundo

Hong Kong

Uma jornalista que trabalha em Hong Kong para a agência norte-americana de notícias Bloomberg News anunciou hoje que terá de deixar o território chinês, depois das autoridades terem recusado renovar o seu visto.

 

"Ao fim de seis anos a cobrir Hong Kong, e grávida de oito meses, estou muito triste por deixar os meus colegas, os meus amigos e o lugar que considerava o meu lar", escreveu Rebecca Choong Wilkins, responsável pela cobertura da política e economia asiáticas na agência de notícias especializada em economia.

Contactados pela AFP, os serviços de imigração de Hong Kong responderam que não comentam casos individuais, acrescentando que "agem em conformidade com as leis e políticas em vigor".

A Bloomberg, através de um porta-voz, declarou não querer "comentar em detalhe a situação", garantindo, no entanto, "apoiar totalmente" a jornalista e estar a "trabalhar pelas vias adequadas para tentar resolver o problema".

O clube da imprensa estrangeira de Hong Kong denunciou o que considerou uma decisão injustificada das autoridades, que, segundo a organização, "reforça as preocupações generalizadas sobre a erosão da liberdade de imprensa" na antiga colónia britânica.

No ano passado, a fotógrafa da mesma agência norte-americana Louise Delmotte viu o seu pedido de renovação de visto ser rejeitado, sem motivo declarado, de acordo com informações da imprensa.

Em abril de 2024, a Repórteres Sem Fronteiras (RSF) informou que um dos seus representantes teve a entrada recusada em Hong Kong para assistir ao julgamento, ainda em curso, do magnata da comunicação social pró-democracia preso, Jimmy Lai.

Os países ocidentais e grupos de defesa dos direitos humanos têm denunciado o retrocesso nas liberdades em Hong Kong desde que Pequim impôs uma lei de segurança nacional à região administrativa especial em 2020.

Pequim e Hong Kong afirmam que essa lei restaurou a ordem numa cidade abalada por grandes manifestações pró-democracia, por vezes violentas, em 2019, e insurgiram-se por diversas vezes contra as "interferências" estrangeiras.

Leia Também: Jornalista que esteve desaparecido na Noruega bebeu urina para sobreviver

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