O produto interno bruto (PIB) atingiu, no segundo trimestre, 100,39 mil milhões de patacas (10,7 mil milhões de euros), "equivalendo a 88,8% do volume económico do ano 2019", indicou a Direção dos Serviços de Estatística e Censos (DSEC) em comunicado.
Macau, que à semelhança da China seguiu a política 'zero covid' durante a pandemia da covid-19, levantou no início de 2023 a maioria das medidas de prevenção e contenção, depois de quase três anos de rigorosas restrições que tiveram impacto na economia do território.
No segundo trimestre de 2025, a economia "voltou a crescer, devido ao número de visitantes ter aumentado notavelmente, os quais foram atraídos por uma série de medidas, e [a] despesa de consumo privado se ter mantido estável", lê-se na mesma nota.
As exportações globais de serviços, especifica a DSEC no comunicado, aumentaram 6%, em termos anuais, "visto que o número de entradas dos visitantes na RAEM [Região Administrativa Especial de Macau] subiu cerca de 20% no segundo trimestre do corrente ano".
As exportações de outros serviços turísticos subiram 5,9% e de serviços do jogo cresceram 9,9%.
No que diz respeito ao comércio externo de mercadorias, no segundo trimestre, as exportações e importações de bens caíram 6,6% e 4,1%, respetivamente, face ao mesmo período de 2024.
Em termos de procura interna, no trimestre em análise, a despesa de consumo final do Governo e a despesa de consumo privado aumentaram 1% e 0,3%, respetivamente, em termos anuais.
"A formação bruta de capital fixo diminuiu 3,7%, em virtude do decréscimo do número de obras de construção privada, apesar dos acréscimos homólogos de 11,7% registados no investimento em equipamento do setor privado, de 19,9% no investimento em construção do setor público e de 83% no investimento em equipamento do setor público", refere-se ainda no relatório daquela direção.
Numa análise semestral, o PIB subiu 1,8% nos seis primeiros meses do ano, quando comparado com o mesmo período do ano transato.
As exportações de serviços, a despesa de consumo final do Governo, a despesa de consumo privado e a formação bruta de capital fixo subiram 1%, 1,1%, 0,3% e 1,8%, respetivamente, face ao primeiro semestre de 2024.
Durante este período, o deflator implícito do PIB, que mede a variação global de preços, registou uma queda anual de 0,5%, referiu ainda a DSEC.
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