"Gaza: a infância enterrada. 18.000 nomes, uma memória viva" é o lema da iniciativa organizada pela associação Juristas pela Palestina e pela Associação de Profissionais de Interpretação e Direção da Catalunha que pretende expressar "luto, memória e raiva coletiva", explica a agência e notícias espanhola EFE.
Os manifestantes carregam bandeiras e mensagens a favor a Palestina, mas também cartazes em que se podem ler críticas como "Nações Unidas: fracasso de uma organização falsa e suja".
Hoje, ao início da tarde, ouviu-se na Praça da Catalunha, onde se concentraram os manifestantes, os nomes das crianças mortas na sequência dos ataques israelitas, algumas delas com menos de um ano de vida.
A EFE conta que entre os manifestantes está a atriz e ativista Mi Hoa Lee, que no início de agosto iniciou uma greve de fome para apoiar as crianças de Gaza, que têm sido afetadas pela fome resultante do conflito, inspirando-se no movimento "Empty Stomach Movement", que incentiva a não ingerir alimentos em solidariedade com as crianças da Faixa de Gaza.
Em declarações aos jornalistas, Mi Hoa Lee explicou que se trata de "um grito de socorro à comunidade internacional diante da injustiça de Israel, que está a matar todo um povo, toda uma população, que é composta por mais de dois milhões de pessoas".
Depois da concentração, o protesto começou a fazer-se ouvir pelas ruas da cidade, já que a plataforma internacional Global March to Gaza organizou uma manifestação que começou às 18:00 (17:00 em Portugal) na Praça da Catalunha e que irá percorrer algumas avenidas de Barcelona para exigir a intervenção dos governos neste conflito.
A ofensiva israelita em Gaza está em curso há 22 meses e vários países e organizações classificam a ação de genocídio.
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