No total 'Fito' conta com sete acusações, por tráfico de armas, tráfico de estupefacientes e conspiração relacionada com ambas as atividades, mas em nenhuma delas é acusado da prática de homicídio.
Todas estão relacionadas com o transporte de grandes quantidades de cocaína pela sua organização 'Los Choneros' para serem distribuídas, posteriormente, pelo Cartel de Sinaloa, principalmente, nos Estados Unidos.
Extraditado na noite passada do Equador, o primeiro caso desse tipo ocorrido entre o país sul-americano e os EUA, 'Fito', de 45 anos, mostrou-se tranquilo perante a magistrada e pediu, através do seu advogado, para ser examinado por um médico, porque alegou sofrer de artrite, hipertensão e as sequelas deixadas por vários estilhaços de bala no corpo.
Vestido com uma calça cáqui e uma camisa escura, o alegado narcotraficante em nenhum momento aparentou estar nervoso enquanto escutava atentamente a leitura das acusações que estavam a ser traduzidas ponto por ponto por uma tradutora designada pelo tribunal. A juíza de instrução Vera Scandon atendeu ao pedido das partes de adiar ao máximo o início do julgamento, porque tanto a defesa quanto a acusação reconheceram a grande complexidade do caso, que exigiria muito tempo para estudar todos os documentos e reunir provas que incriminassem ou absolvessem 'Fito'.
A próxima audiência será no dia 19 de setembro, quando o acusado conhecerá o juiz que presidirá ao seu caso e que ordenará a formação do júri, a menos que até lá ocorra uma negociação de reconhecimento de culpa, que costuma ser muito comum em casos de narcotráfico.
O advogado Alexei Schacht, que representa 'Fito', disse uma breve declaração, que estava satisfeito com o resultado, porque a juíza foi gentil e compreendeu os múltiplos porblemas de saúde do seu cliente.
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