Um avião regional da Delta, operado pela SkyWest Airlines, que estava a voar em direção a Minot, no Dakota do Norte, nos Estados Unidos, fez uma "manobra agressiva" para evitar um colisão com um avião bombardeiro B-52, de acordo com o piloto. O sucedido aconteceu no dia 18 de julho.
"De repente, virámos para a direita e continuámos a dar mais e mais voltas e então ele [o piloto] diz: 'Desculpem-me. Assim que aterrarmos em segurança explicarei tudo", contou uma passageira, chamada Monica Green, à ABC News.
Já pousada em segurança, o piloto da aeronave voltou a pedir desculpa aos passageiros pelo movimento abrupto, tendo explicado o que motivou aquela ação.
"Tendo em conta a velocidade. Eu não sei quão depressa eles estavam a ir, mas iam mais rápido do que nós. Senti que seria a coisa mais segura a fazer virar atrás dele", revelou o piloto.
E acrescentou: "Lamento muito pela manobra agressiva, apanhou-se de surpresa, isto não é de todo normal. Não sei porque é que não nos avisaram porque a base da Força Aérea tem um radar. Resumindo, não foi divertido, mas peço desculpa por isso e obrigada pela compreensão. Não foi um divertido no trabalho".
O avião tinha saído de Minneapolis, nos Estados Unidos. Segundo a estação televisiva, não é claro quão perto estavam as duas aeronaves ou se algum alarme do cockpit foi ativado para avisar os pilotos de uma potencial colisão.
Note-se que na cidade de Minot há uma uma base da Força Aérea com bombardeiros B-52.
Um porta-voz da Força Aérea referiu estar "ciente dos recentes relatos acerca de aeronaves comerciais e da Força Aérea que têm operado no mesmo espaço aéreo junto ao Aeroporto Internacional de Minot".
"Neste momento, estamos a investigar o ocorrido. Podemos confirmar que um B-52 realizou um voo sobre a Feira Estadual do Dakota do Norte, na noite de sexta-feira", adiantou o porta-voz. A SkyWest está também a investigar o sucedido.
De recordar que, no fim de semana, dia 20 de julho, houve um avião da Delta Airlines foi obrigado a pousar, momentos depois de ter levantado voo, quando um dos motores se incendiou.
No avião, que seguia de Los Angeles para Atlanta, seguiam nove tripulantes e 226 passageiros. Todas as pessoas conseguiram sair em segurança, tendo depois sido encaminhadas para um outro voo.
Viajar de avião é seguro?
Já este ano, em março, o Notícias ao Minuto, falou com a Autoridade Nacional de Aviação Civil (ANAC), que assegurou que este é o "setor mais regulado" e com "supervisão constante".
"Tendo em conta as atribuições e competências da ANAC, entidade reguladora da aviação civil, podemos afirmar que este setor é o mais regulado e regulamentado, com requisitos e standards de cumprimento obrigatório, sendo sujeito a fiscalizações e auditorias periódicas, com uma supervisão constante", explicou a mesma fonte, quando questionada sobre eventuais motivos para haver receio de viajar de avião.
A mesma fonte da ANAC explicou que esta supervisão acontece "tanto em termos nacionais como internacionais, com o seu pessoal, nomeadamente aeronáutico, obrigado a uma formação especifica e rigorosa, com imperativos legais obrigatórios, tanto do ponto de vista físico como de proficiência".
A ANAC adianta ainda que, neste contexto, o avião "é dado como o meio de transporte mais seguro do mundo, demonstrado pelo rácio entre o número de movimentos e passageiros transportados, em termos globais, e o número de acidentes e incidentes verificado, que é muitíssimo baixo, isto é 0,0000000284 acidentes fatais por voo em 2023".
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