Advogado crítico de Bukele detido por "branqueamento de capitais"

O advogado Anaya Barraza, crítico do Governo do Presidente de El Salvador, Nayib Bukele, foi hoje detido pela polícia de São Salvador acusado de branqueamento de capitais, anunciou a Procuradoria-Geral da República (PGR) do país.

presidente de El Salvador, Nayib Bukele,

© MARVIN RECINOS/AFP via Getty Images

Lusa
07/06/2025 23:23 ‧ há 3 horas por Lusa

Mundo

El Salvador

"Hoje foi efetuada a detenção de Salvador Enrique Anaya Barraza pelo crime de branqueamento de capitais e de bens. Será encaminhado para os tribunais correspondentes nos próximos dias", anunciou a PGR numa curta mensagem na rede social X.

 

Segundo adiantaram meios de comunicação salvadorenhos, a detenção do advogado e constitucionalista ocorreu na sua residência e vídeos publicados pela revista Elementos mostram que vários agentes fardados e à paisana e procuradores participaram na operação.

Anaya Barraza é um forte crítico do Governo do Presidente Bukele, concentrando-se principalmente em questões jurídicas.

Nas últimas semanas, denunciou nas redes sociais o que considera ser irregularidades no processo penal da advogada anticorrupção Ruth López, detida em 18 de maio e processada por enriquecimento ilícito.

"A ditadura de Bukele é cada vez mais questionada e confrontada internacionalmente: agora é a Comissão Interamericana de Direitos Humanos (CIDH)", lê-se na última publicação do advogado no X.

A publicação referia-se a uma declaração da CIDH publicada na sexta-feira, na qual manifestou preocupação com as "recentes detenções de defensores dos direitos humanos".

A comissão apontou os casos específicos das detenções da advogada e defensora dos direitos humanos Ruth López, do advogado ambiental Alejandro Henríquez, do pastor evangélico e líder comunitário José Ángel Pérez e do porta-voz de uma organização humanitária Fidel Zavala.

"As organizações da sociedade civil questionam se os processos-crime constituem uma forma de retaliação pelo seu trabalho com pessoas detidas durante o estado de emergência e por denúncias de abusos nas prisões", afirmou a CIDH.

Leia Também: ONG pedem libertação de ativista que apoia venezuelanos detidos

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