A primeira mensagem de vídeo desde que Saad bin Atef al-Awlaki assumiu a liderança grupo, em 2024, incluiu também apelos para que militantes solitários atacassem líderes no Egito, na Jordânia e nos Estados do Golfo Árabe por causa da situação em Gaza.
O vídeo mostra imagens de Trump e Musk, bem como do vice-Presidente dos EUA, J.D. Vance, do secretário de Estado, Marco Rubio, e do secretário da Defesa, Pete Hegseth, e inclui também os logótipos das empresas de Musk, incluindo a fabricante de carros elétricos Tesla.
"Não há limites depois do que aconteceu e está a acontecer com o nosso povo em Gaza", disse al-Awlaki, que lidera o braço da Al-Qaeda no Iémen, considerado um dos mais perigosos, para quem a "reciprocidade é legítima".
Embora se acredite que tenha enfraquecido nos últimos anos, devido a conflitos internos e à suspeita de que ataques de 'drones' americanos mataram os seus líderes, o grupo conhecido pela sigla AQAP (Al-Qaeda na Península Arábica) é considerado o ramo mais perigoso da Al-Qaeda ainda em operação após o assassinato, em 2011, do fundador Osama bin Laden, que planeou os ataques de 11 de setembro de 2001 nos EUA.
Em 2022, um ataque de 'drones' norte-americanos no Afeganistão matou o sucessor de Bin Laden, Ayman al-Zawahri, que também ajudou a planear o 11 de setembro, que deu início a décadas de guerra dos EUA no Afeganistão e no Iraque e fomentou a ascensão do grupo Estado Islâmico.
Al-Awlaki já tem uma recompensa de seis milhões de dólares oferecida pelos EUA pela sua captura, com Washington a alegar que é responsável por ter "convocado publicamente ataques contra os Estados Unidos e os seus aliados".
A AQAP, apoiada pelo Irão, lançou ataques com mísseis contra Israel e embarcações comerciais que navegavam pelo corredor do Mar Vermelho, bem como navios de guerra norte-americanos.
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