De acordo com um comunicado do Estado-Maior das Forças Armadas do Mali (FAMA), citado pela agência espanhola de notícias Efe, o objetivo do ataque é "travar o recente impulso dos ataques obscuros", com os bombardeamentos a impedirem "várias conspirações e projetos de atentados terroristas" e a desmantelarem "células infiltradas nas grandes cidades" do país, tendo resultado na detenção de "muitos cúmplices".
Zahro, na região de Gourma Rharous, na região norte de Tombuctu, e Essouk, na região norte de Kidal, foram algumas das áreas atacadas pelo exército da junta militar no poder desde 2020.
Num segundo comunicado também citado pela Efe, o exército anunciou ter destruído duas "bases terroristas" perto da floresta de Baoule, a cerca de 40 quilómetros a oeste de Didieni, na região de Kulikoró, no oeste do país, além de outras três bases na região norte de Kayes.
O Mali é governado desde 2020 por uma junta militar que até agora não apresentou uma data para a realização de eleições democráticas, num contexto marcado pela instabilidade e pela forte violência que o país sofre há mais de uma década devido à ação de vários grupos extremistas.
A isto acresce a retomada dos confrontos no norte do país entre o exército maliano e os rebeldes independentistas, que aspiram reivindicar um novo Estado na extensa zona desértica do Azawad.
A junta militar contava, nas operações militares que realizou nos últimos três anos, com o apoio do grupo de mercenários russos Wagner, que anunciou na sexta-feira a sua retirada do país africano, ficando os militares do Africa Corps, que funcionam na dependência direta do Ministério da Defesa da Rússia.
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