Steinmeier pediu que os dois países "cooperem estreitamente com base na democracia e no Estado de direito".
Esta cooperação é necessária para "garantir o futuro da Europa em segurança, liberdade e prosperidade", afirmou Steinmeier, em comunicado.
Orbán celebrou a eleição do candidato nacionalista Karol Nawrocki como chefe de Estado da Polónia, que derrotou por uma pequena margem o presidente da câmara de Varsóvia, que é pró-europeu.
"Que suspense! Parabéns ao Presidente Nawrocki pela sua fantástica vitória nas eleições presidenciais polacas", afirmou Orbán na rede social X.
"Estamos ansiosos por trabalhar convosco", sublinhou Orbán, que partilha a mesma visão soberanista do novo Presidente polaco, nomeadamente contra as políticas de Bruxelas.
O conservador Karol Nawrocki venceu este domingo a segunda volta das presidenciais na Polónia com 50,89% dos votos, contra 49,11% do rival, o liberal Rafal Trzaskowski, segundo a Comissão Nacional Eleitoral, após o escrutínio da totalidade dos votos.
No total, Nawrocki, apoiado pelo principal partido da oposição, o ultra-conservador Lei e Justiça (PiS), obteve 10.606.682 votos, enquanto Trzaskowski, presidente da Câmara de Varsóvia e apoiado pelo Governo de coligação do primeiro-ministro Donald Tusk, obteve 10.237.177 votos.
A diferença, 1,78%, é mínima e representa o segundo golpe numa eleição presidencial para o candidato liberal e pró-europeu, que perdeu em 2020 com uma diferença de 2,06% contra o atual Presidente da Polónia, Andrzej Duda, que conclui em agosto o seu segundo mandato consecutivo como chefe de Estado do país no flanco oriental a NATO e da União Europeia.
A vitória de Nawrocki é vista como uma continuação, ainda mais radical, da liderança de Duda na Presidência polaca. Se Duda não hesitou em vetar várias iniciativas de Tusk, os analistas acreditam agora que o governo de Tusk enfrenta a estagnação da sua agenda reformista.
Nawrocki, 42 anos, antigo pugilista e recém-chegado à política com um perfil eurocético, adotou posições mais duras em questões como a imigração, mostrou afinidade com a Administração norte-americana de Donald Trump, de quem recebeu o apoio, e mostrou-se relutante em relação à integração da Ucrânia na NATO.
Com resultados tão próximos, as eleições presidenciais foram um espelho das "duas Polónias" que existem no país da Europa Central, uma tendencialmente pró-europeia e liberal e outra ultra-conservadora, que, divididas entre dois ramos diferentes do Governo, são difíceis de conciliar.
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