Em meados de maio, 53% dos solos europeus estavam afetados pela seca

Mais de metade (53%) dos solos na Europa e na margem mediterrânica estavam afetados pela seca em meados de maio, indicam dados do Observatório Europeu da Seca, analisados pela AFP, relativos ao período de 11 a 20 daquele mês.

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Lusa
03/06/2025 23:07 ‧ há 2 dias por Lusa

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Esta é a percentagem mais elevada registada desde que o European Drought Observatory (EDO) o começou a fazer em 2012.

 

O valor excede em 20 pontos percentuais a média do período 2012-2024, que é de 30%.

O indicador de seca do observatório do programa europeu Copernicus, baseado em observações obtidas por satélite, combina três parâmetros: precipitação, humidade dos solos e estado da vegetação.

Depois, classifica os resultados em três níveis de seca: vigilância, aviso e alerta.  

De 11 a 20 de maio, 42% dos solos europeus e da bacia mediterrânica estavam em défice de humidade (aviso) e cinco por cento em alerta, o que significa que a vegetação se desenvolvia de forma anormal.

Os países da Europa do Norte, do leste e central eram particularmente afetados, com taxas de alerta elevadas.

De forma detalhada, 19% do território ucraniano estava em alerta e outros países estavam em situação preocupante, como a Bielorrússia (17%), Polónia (10%), Hungria e Eslováquia (9%).

Mais a sul, as taxas de alerta atingiam ou superavam os 20%, como na Síria, em Chipre e nos Territórios Palestinianos.

Sem estarem em estado de alerta, alguns países estavam muito afetados pela seca nos vários níveis, nomeadamente o Reino Unido, que tinha 98% do seu território em causa. Esta situação dura desde meados de março, com uma média de 81% dos solos britânicos afetados, com 60% a apresentar défice de humidade (aviso) no período.

O Reino Unido conheceu a sua primavera mais quente e seca desde há mais de 50 anos, com apenas 128,2 milímetros de chuva entre o início de março e o fim de abril, anunciou na segunda-feira a agência meteorológica britânica, o Met Office, o que já está a afetar os agricultores e as reservas de água. Mais propriamente, a Inglaterra "conheceu a sua primavera mais seca desde há mais de 100 anos".

Em mados de maio, Portugal e a Espanha tinham sido poupados a esta situação, segundo o EDO, com taxas de seca das mais fracas entre as registadas, 0,2% e 2,3%, respetivamente. Em França, menos de um terço do território (31%) estava afetado, essencialmente no norte do país.

O Banco Central Europeu preveniu em 23 de maio para os riscos económicos da seca, que pode ameaçar até 15% da produção da zona euro em caso de episódios extremos, cuja frequência se espera que aumente devido à rutura climática global.

Leia Também: Esta é a melhor forma de secar a pele depois do banho

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