Antes das tarifas, exportações travam e afundam quase 40% para os EUA

As exportações portuguesas registaram uma variação negativa de 0,1% em junho, destacando-se a redução de quase 40% para os Estados Unidos da América, antes da entrada em vigor das novas tarifas.

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Notícias ao Minuto
08/08/2025 11:20 ‧ há 2 dias por Notícias ao Minuto

Economia

Exportações

Em junho de 2025, as exportações e as importações de bens registaram variações homólogas nominais de -0,1% e +3,9%, respetivamente (+2,6% e +13,2%, pela mesma ordem, em maio de 2025), divulgou o INE, esta sexta-feira. 

 

"Em junho de 2025, e tendo em conta os principais países parceiros de 2024, salienta-se o decréscimo das exportações para os Estados unidos (-39,4%), essencialmente Químicos. Em sentido contrário, destaca-se o aumento das transações para a Alemanha (+16,4%), principalmente Material de transporte", pode ler-se no relatório do INE. 

No entanto, "quando excluídas as transações sem transferência de propriedade (TTE), observaram-se subidas em ambos os fluxos: +2,1% nas exportações e +5,1% nas importações (+1,3% e +4,6%, pela mesma ordem, em maio)". 

O INE explica que o "défice da balança comercial de bens atingiu 2 348 milhões de euros em junho de 2025, refletindo um agravamento de 337 milhões de euros face ao mesmo mês do ano anterior". 

"Em junho de 2025, os índices de valor unitário (preços) continuaram a registar variações negativas, embora menos acentuadas do que no mês anterior, -1,4% nas exportações e -1,9% nas importações (-2,2% e -3,5%, respetivamente, em maio de 2025; -0,3% e -2,8% em junho de 2024, pela mesma ordem)", pode ainda ler-se na nota divulgada. 

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O que explica a redução das exportações? 

O INE sublinha que, "em junho de 2025, as exportações de bens registaram uma variação homóloga nominal de -0,1% (+2,6%, em maio de 2025)".

"Quando excluídas as transações TTE, ou seja, transações com vista a ou na sequência de trabalhos por encomenda (sem transferência de propriedade), registou-se um acréscimo de 2,1% nas exportações, face ao período homólogo (+1,3%, em maio de 2025)", pode ler-se. 

Porém, "excluindo os Combustíveis e lubrificantes, as exportações registaram um aumento de 2,1% (+5,0%, em maio de 2025), em resultado da diminuição expressiva nas transações desta categoria de produtos, assim como do preço das mesmas".

"Em junho de 2025, o índice de valor unitário (preços) das exportações continuou a registar uma variação negativa, -1,4% (-2,2%, em maio de 2025; -0,3%, em junho de 2024). Excluindo os produtos petrolíferos, a variação foi também negativa, -0,4% (-1,1%, quer em maio de 2025 quer em junho de 2024)", é referido.

E mais: "Em cadeia, as exportações diminuíram 6,6% em junho (+9,0% em maio de 2025)".

"No 2º trimestre de 2025, as exportações diminuíram 1,2% em relação ao período homólogo (-1,1%, no trimestre terminado em maio de 2025). No entanto, quando excluídas as transações TTE, este decréscimo acentua-se ligeiramente, sendo a variação de -1,6% (-1,9%, no trimestre terminado em maio deste ano)", é referido.

Sublinhar também que os "primeiros resultados do 1º semestre do ano revelam que as exportações aumentaram 3,1%, em termos homólogos (-1,4% no mesmo período de 2024)".

No entanto, segundo o INE, "quando excluídas as transações sem transferência de propriedade (TTE), o sentido da variação inverte-se, observando-se um decréscimo de 0,6% nos primeiros seis meses do ano (-1,6% no período homólogo de 2024)". 

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