"Os CTT obtiveram no primeiro semestre de 2025 um resultado líquido consolidado atribuível a detentores de capital do grupo CTT de 22,1 milhões de euros, 2,3 milhões de euros acima do obtido no período homólogo de 2024", adiantam os correios, em comunicado enviado à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM).
Entre janeiro e junho, os rendimentos operacionais atingiram 597,3 milhões de euros, uma subida homóloga de 13,9%.
"Este crescimento sólido e continuado foi impulsionado pelo forte desempenho do Expresso e Encomendas, incluindo a consolidação da Cacesa a partir de 30 de abril de 2025, bem como pelo crescimento continuado do Banco CTT e pelo aumento da colocação de dívida pública nos Serviços Financeiros", justificam os CTT.
O resultado antes de impostos, juros, depreciações e amortizações (EBITDA) subiu 22,5% para 86,7 milhões de euros.
Segundo o grupo, a Logística atingiu 507,0 milhões de euros no semestre (+12,4%), tendo representado 85% dos rendimentos totais dos CTT.
O Expresso e Encomendas (E&E) "alcançou 270,6 milhões de euros (+28,6%), sendo a área que mais contribui para a receita dos CTT (45%), graças ao crescimento do 'e-commerce' na Península Ibérica e à consolidação da Cacesa", refere a empresa.
A Cacesa é uma empresa especializada no desalfandegamento de comércio eletrónico internacional, com presença em 15 países.
"Em alinhamento com o compromisso de apoiar o crescimento do comércio eletrónico, os CTT continuam a expandir a sua rede 'out-of-home' em Portugal e Espanha, tanto em pontos de entrega não automáticos como através da sua rede de cacifos Locky", referem os CTT.
No final de junho, os CTT tinham um total instalado de 1.148 cacifos Locky em Portugal e em Espanha, "onde a expansão começou mais recentemente com 65 cacifos já instalados e mais 62 cacifos contratados".
Quanto aos rendimentos operacionais de Correio e Outros, estes atingiram 236,5 milhões de euros, menos 1,7% e termos homólogos.
"Este decréscimo decorreu fundamentalmente do desempenho da receita: do correio endereçado (-4,4 milhões de euros; -2,3% homólogos); do correio publicitário não endereçado (-0,8 milhões de euros; -28,5%); e dos pagamentos (-0,7 milhões de euros, -6,8%)", explicam os Correios de Portugal.
Em sentido inverso, a receita das soluções empresariais evoluiu 9,6% no período em análise para 2,3 milhões de euros.
"No dia 01 de fevereiro entraram em vigor os novos preços para 2025 dos serviços postais que compõem o cabaz do serviço postal universal", recordam os CTT, cuja atualização corresponde a uma variação média anual dos preços de 6,90%.
"A variação média anual global dos preços, refletindo também o efeito da atualização dos preços especiais do correio em quantidade, é de 6,53%. A variação média no primeiro semestre de 2025 foi de 6,72%. Dado que se realizaram eleições legislativas no primeiro trimestre de 2024 e no segundo trimestre de 2025, o impacto combinado desses eventos" neste semestre, comparativamente a igual período do ano passado, "é negligenciável".
A área Banco e Serviços Financeiros atingiu 90,2 milhões de euros (+23,1%), "impulsionada pelo aumento da colocação de dívida pública, que tem recuperado relativamente ao primeiro semestre de 2024, e pelo crescimento sustentado do Banco CTT".
Os rendimentos operacionais dos Serviços Financeiros subiram 94% para 21,6 milhões de euros no semestre em resultado "fundamentalmente do desempenho dos títulos de dívida pública".
[Notícia atualizada às 19h37]
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