Valdo Filho concedeu, esta quarta-feira, uma entrevista à Rádio Renascença, na qual desvalorizou o facto de Bruno Lage não poder contar com Kerem Akturkoglu, jogador que sofreu uma lesão no tornozelo direito, pelo que é baixa confirmada para o encontro da primeira mão da terceira pré-eliminatória da Liga dos Campeões, perante o Nice.
Na opinião do antigo internacional brasileiro, os encarnados detêm o "favoritismo" para a partida agendada para as 20h00 (hora de Portugal Continental) desta quarta-feira, pese embora não possam contar, não só com o turco, como também com... adeptos, devido a uma sanção imposta pela UEFA, na sequência de incidentes registados na temporada passada, diante do Barcelona.
"Para quem tem [Andreas] Schjelderup, o Benfica não pode ficar tão preocupado. É uma baixa, sim senhor, mas o Schjelderup já mostrou que pode envergar a camisola do Sport Lisboa e Benfica", defendeu o antigo médio, que alinhou ao serviço dos encarnados, primeiro, de 1988 a 1992, e, depois, de 1995 a 1997.
Milhões... e não só
Este encontro será de importância capital para o Benfica, sobretudo, devido aos milhões de euros que acarreta a participação na Liga dos Campeões (ainda que, para chegar à fase de liga, ainda falte medir forças com Feyenoord ou Fenerbahçe), nos playoffs.
No entanto, para Valdo, a motivação dos homens de Bruno Lage não poderá ficar por aqui: "Todos sabem da importância do lado financeiro, mas o aliciante de disputar a Champions, para os alvos que o Benfica ainda tem, é muito importante".
Há "lacunas" para explorar
Valdo é um profundo conhecedor do futebol francês, dada a passagem pelo Paris Saint-Germain, entre 1991 e 1992, e está confiante de que o clube da Luz tem margem para 'sonhar' com um resultado que lhe facilite a tarefa, no jogo da segunda mão, agendado para 12 de agosto.
Na mesma entrevista, o ex-internacional brasileiro assumiu que o Nice apresenta "lacunas" no plano defensivo, mas alertou para a "força de ataque" que tem à disposição, recordando: "Não é à toa que o Nice foi a única equipa a bater o PSG".
Natural de Siderópolis, no estado brasileiro de Santa Catarina, Valdo deu os primeiros passos no mundo do futebol ao serviço do Figueirense, de onde partiu, em 1983, para o Grêmio. Aí se manteve, até 1988, quando rumou ao futebol europeu, pela 'porta' do Benfica.
Durante as duas passagens pela Luz, o antigo médio participou em 184 jogos oficiais, ao cabo dos quais somou 28 golos, desempenhando um papel importante na conquista de dois títulos de campeão nacional, uma Taça de Portugal e uma Supertaça Cândido de Oliveira.
No currículo, o canarinho conta, ainda, com 'aventuras' por Paris Saint-Germain (como foi já referido), Nagoya Grampus (entre 1997 e 1998), Cruzeiro (entre 1998 e 2000), Santos (em 2000), Sport, Atlético Mineiro (ambos em 2001), Grêmio (onde regressou, em 2002), Juventude (também em 2002) e Botafogo (entre 2003 e 2004, quando colocou um ponto final na carreira). Já no plano internacional, representou a principal seleção brasileira por 45 ocasiões, ao cabo das quais marcou quatro golos.
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