No segundo trimestre do ano, a Ford apresentou receitas recorde, mas também já sentiu o impacto das tarifas impostas pelos Estados Unidos da América. Estas são uma preocupação séria para o construtor.
Este enquadramento tarifário colocado às importações já representou despesas adicionais com impostos de 800 milhões de dólares da Ford entre abril e junho. Apesar de a maioria da produção estar nos EUA, a marca depende de materiais e peças importadas de outros países.
Não obstante, o fabricante da Oval Azul tem, até agora, um impacto inferior ao de alguns rivais - a General Motors, que também é americana, cifra esse custo em mil milhões de dólares nas contas até este momento.
Se em março as perspetivas da Ford passavam por um custo de 1,5 mil milhões de dólares este ano, agora as previsões foram revistas em alta para dois mil milhões de dólares: "A nossa fatura com tarifas é de dois mil milhões de dólares, e esse é um número líquido", disse o diretor-executivo da Ford, Jim Farley, numa chamada com os analistas, segundo a Business Insider.
Já em declarações à Bloomberg, o dirigente mostrou-se preocupado com uma potencial vantagem considerável da concorrência devido ao recente acordo para reduzir as tarifas impostas ao Japão em dez por cento - deixando carros da Ford mais caros do que equivalentes japoneses.
Posto isto, a empresa está em contacto regular com a Administração Trump no sentido de obter tarifas de importação mais baixas, sobretudo aquelas que incidem em peças automóveis.
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