Novo CEO da Renault não vai revolucionar estratégia do grupo

Esta semana, François Provost foi anunciado como o novo diretor-executivo do Grupo Renault, sucedendo a Luca de Meo que teve uma passagem bem-sucedida pelo cargo durante os últimos cinco anos.

Logótipo da Renault no México.

© Jose Luis Torales/NurPhoto via Getty Images

Notícias ao Minuto
02/08/2025 08:06 ‧ há 5 horas por Notícias ao Minuto

Auto

Renault

François Provost é o novo diretor-executivo do Grupo Renault e, depois de cinco anos de trabalho árduo e de sucesso por Luca de Meo, não irá mudar radicalmente o rumo da empresa.

 

Segundo a publicação Autocar, o novo líder do construtor disse numa conferência de imprensa que a estratégia não irá sofrer grandes alterações. Entende, também, que o negócio é ágil, "construído em duas pernas". No entanto, quer uma execução mais rápida dos planos e um corte no tempo de desenvolvimento de novos modelos tendo como referência os 21 meses do futuro Twingo.

O valor continuará a ter prioridade face ao volume, pretendendo conceber cada modelo de forma a que "todos os carros contribuam para o resultado".

Em termos financeiros, François Provost quer que a Renault tenha "das melhores prestações financeiras da indústria", obtendo lucros altos de forma sustentável.

De recordar que na primeira metade do ano o grupo anunciou prejuízos superiores a 11 mil milhões de euros - justificados pela mudança do tratamento contabilístico dado à participação na Nissan. No entanto, também houve um decréscimo das vendas e uma margem operacional menor.

Por outro lado, o novo CEO da Renault não esquece os fornecedores e os concessionários, considerando estes últimos como "chave por motivos sustentáveis" e "parceiros de longo termo".

Um mandato pleno de desafios

O Grupo Renault pode ter tido sucesso sob a liderança de Luca de Meo, mas há desafios consideráveis pela frente - num contexto diferente de toda a indústria automóvel.

Assim, François Provost chega ao cargo de diretor-executivo com a certeza de enfrentar concorrência mais forte, em particular vinda dos fabricantes chineses. Ao não ter uma presença preponderante nos Estados Unidos da América, a Renault fica mais protegida dos efeitos diretos das tarifas aduaneiras do que outros fabricantes. No entanto, a competição que procura diversificar os seus mercados pode ser um problema.

Há, também, uma grande dependência da Europa - onde o setor automóvel está em quebra. Nesse sentido, há planos para lançar oito novos modelos Renault para fora da Europa até 2027.

O ritmo das novidades tem sido intenso, com dez novos lançamentos no ano passado a marcarem uma extensa renovação da gama - que continua, havendo sete previstos para este ano e oito para 2026, segundo a Reuters.

A parceria com a Nissan é outro dos grandes desafios do Grupo Renault. A participação da Renault no construtor japonês tem vindo a diminuir e é agora de 35,7 por cento. O processo é para continuar, mas os problemas financeiros da Nissan dificultam a venda de ações.

Crescimento no mercado europeu

Segundo os dados de junho da ACEA - Associação de Construtores Automóveis Europeus, o Grupo Renault é o terceiro maior da Europa. No conjunto União Europeia/EFTA/Reino Unido, cresceu 5,4 por cento nos primeiros seis meses deste ano em termos homólogos, ao vender 708.106 unidades.

O conglomerado inclui as marcas Renault, Dacia e Alpine, sendo que todas elas cresceram na primeira metade de 2025. Isto contraria a tendência do mercado, que quebrou 0,9 por cento no mesmo período.

Leia Também: Quem é François Provost, o novo líder da Renault?

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