Neste segundo voo comercial, o Ariane 6 deverá colocar em órbita o satélite meteorológico MetOp-SG-A1, o primeiro satélite de nova geração em órbita polar.
O foguetão descolou à hora prevista, às 21:37 (01:37 em Lisboa, hoje).
O satélite a bordo, que pesa pouco mais de quatro toneladas, tem como objetivo melhorar a precisão das previsões meteorológicas e a compreensão do clima.
Construído pela Airbus Defence and Space para a Organização Europeia para a Exploração de Satélites Meteorológicos (Eumetsat), no âmbito de um contrato com a Agência Espacial Europeia (ESA), será colocado numa órbita heliossíncrona a cerca de 800 quilómetros de altitude.
Este satélite transporta seis instrumentos, incluindo o IASI-NG, uma sonda infravermelha que fornece medições duas vezes mais precisas do que o antecessor, o IASI.
Esta sonda vai medir os perfis de temperatura e vapor de água na atmosfera, a temperatura dos oceanos e continentes, bem como 16 variáveis essenciais para o acompanhamento climático - tais como gases com efeito de estufa, poeiras do deserto ou cobertura de nuvens - detetáveis apenas a partir do espaço.
Outra ferramenta fundamental: o Sentinel-5, pertencente ao programa europeu Copernicus, destinado à monitorização dos principais poluentes atmosféricos e do ozono estratosférico.
Este é o terceiro lançamento do Ariane 6 desde o voo inaugural em julho de 2024 e o segundo comercial, após o de 06 de março, transportando um satélite militar.
"Terceiro lançamento, terceiro sucesso!", celebrou o presidente executivo da Arianespace, David Cavaillolès. "Não podia ser melhor", acrescentou.
O outro foguetão europeu, o Vega-C, só retomou os voos em dezembro de 2024, depois de uma paragem por dois anos devido a um acidente que resultou na perda de satélites.
A carteira de encomendas da Ariane 6 conta agora com 32 voos, garantindo anos de atividade no centro espacial da Guiana.
O ritmo dos lançamentos vai aumentar ao longo dos meses: "O nosso objetivo é fazer nove a dez lançamentos por ano", disse David Cavaillolès.
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